Governo faz licitação para contratar empresa de auditoria externa no Igeprev

Processo de licitação já está na comissão de licitação do Governo. Secretário da Administração não deu prazo, mas garantiu que medidas foram adotadas para que problema não volte a ocorrer...

Mascarenhas diz que empresa está sendo licitada
Descrição: Mascarenhas diz que empresa está sendo licitada Crédito: T1 Notícias

O Governo do Tocantins anunciou que está fazendo a licitação para contratação da empresa que fará o serviço de auditoria externa no Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev).

Segundo o secretário da Administração e presidente do Conselho de Administração do Igeprev, Lucio Mascarenhas, o processo já está na comissão de licitação, o termo de referência ficou pronto e a abrangência da auditoria que seria a partir de 2011 retrocedeu e deve analisar as contas do Igeprev desde 2008. O secretário justificou a demora na auditoria externa afirmando que “nós precisamos retardar um pouquinho para aumentar essa abrangência, fazer de novo uma pesquisa de preço para poder balizar e nós tivemos que fazer isso, mas está caminhando e sendo feita a licitação”.

O secretário não deu prazo exato para o início dos trabalhos, afirmou que “é o tempo de realizar a licitação”.

Sobre a perda confirmada pelo Ministério da Previdência Social (MPS), estimada em R$153 milhões, o secretário afirmou que “não existe perda”, mas que o Igeprev investiu em fundos que tinham papeis de outros fundos que tinham papeis do BVA, que são títulos creditórios.

“É como se o BVA tivesse emprestado dinheiro para uma grande loja, pegou os títulos foi no mercado de capitais e vendeu esses títulos para esses fundos. Esse título que essa loja deveria pagar para o BVA continua tendo valor. O fato de o BVA ter quebrado ou não está valendo mais, não cancelou o fato de que essa loja ainda deve a esse fundo ao qual o BVA vendeu esses papeis”, exemplificou.

Para Mascarenhas o dinheiro “não foi perdido. Ele pode ou não ser perdido”, pois, ainda exemplificando o fato, a loja continua devendo o título, que continua valendo e desta forma ela deve pagar diretamente ao fundo. O caso da perda dos R$153 milhões, de acordo com o secretário, “está sendo provisionado como determina as normas contábeis no Brasil”, disse. 

“Não é perda porque os títulos creditórios continuam valendo e essa obrigação de quem tomou o empréstimo continua existindo”, garantiu.

 

Medidas

Desde setembro de 2013 o Igeprev só vem investindo em títulos da dívida pública através do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. “Não estamos mais investindo no mercado de capitais”, é o que garante Mascarenhas.

Após o escândalo do rombo no Igeprev o secretário afirmou que algumas medidas foram tomadas para evitar que o que aconteceu se repita. “Se apurou melhor a questão dos balancetes, a qualidade com que o Conselho de Administração se dedicava a apuração era 9,9 agora é nota 10. E outras atitudes que viemos adotando”.

 

Devoluções

O secretário assegurou que os R$35 milhões transferidos do Igeprev para o Plansaúde, alvo de questionamentos tanto do Ministério da Previdência quanto pelo próprio Igeprev, vão ser devolvidos, conforme compromisso em TAC.

“Nós [o Estado] temos o prazo de 180 dias para devolver esse dinheiro conforme afirmado no TAC. E mais uma vez esse Governo vai pagar pelas besteiras do anterior. Quando esses 35 milhões foram pagos, foram eles que gastaram, com uma diferença: eles não tinham uma legislação que autorizava, nós temos”, disse.

O secretário afirmou que antes de 2011 não havia lei que permitia que se gastasse o dinheiro do Igeprev com planos de saúde, “essa legislação [Estadual] nos autorizou a fazer isso, mas posteriormente se percebeu que não podia”, disse ao defender que o atual Governo não fez nada de errado, “nós não praticamos crime”, justificou.

Ainda segundo Mascarenhas esse dinheiro retirado do Igeprev foi aplicado no plano de saúde dos aposentados e pensionistas. 

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