Greve dos caminhoneiros entra no 4º dia e várias cidades do TO ficam sem combustíveis

No 4º dia de paralisação, cidades do país já estão com aeroportos sem voos e supermercados sem abastecimento de produtos como carne, frutas e legumes; em Palmas, 30 postos já estão sem combustíveis

Postos da Capital atraem filas quilométricas de veículos
Descrição: Postos da Capital atraem filas quilométricas de veículos Crédito: Rafael Balena

Em quarto dia de manifestação, os caminhoneiros do Tocantins seguem mobilizados junto à paralisação nacional, protestando em trechos da BR-153 e na BR-235 contra o preço dos combustíveis e dos impostos que incidem nos produtos. Desde segunda-feira, 21, oito cidades no Estado ainda continuam bloqueando as passagens dos veículos de carga: Araguaína, Nova Olinda, Coilnas, Fortaleza do Tabocão, Paraíso, Gurupi, Alvorada e Pedro Afonso.

 

Até o momento, 10 Estados no país e o Distrito Federal aderiram ao movimento e estão sofrendo interdições. Apesar do recente anúncio do presidente da Petrobras, Pedro Parente, em reduzir em 10% o valor do diesel nas refinarias por 15 dias, sugestionando uma trégua no movimento, os caminhoneiros ainda não se posicionaram à respeito de qualquer negociação. Na prática, a Petrobras avalia que a redução média será de R$ 0,23 nas refinarias, resultando numa queda média de R$ 0,25 nas bombas dos postos de combustível.

 

Em Palmas, alguns supermercados já começam a ser afetados, ficando sem produtos como frutas e verduras. O Aeroporto da Capital também foi afetado, já que os aviões não tem mais combustível para realizar viagens. Vários postos de combustíveis já estão sem estoque e os que ainda estão atendendo os consumidores, atraem filas quilométricas para o abastecimento. Conforme apurado pelo T1, dos 50 postos em Palmas, 34 já estariam sem estoque. Nas redes sociais, vários consumidores denunciaram a cobrança de preços abusivos no litro da gasolina. Em reunião entre secretários e instituições, realizada ontem à noite, 23, o governo do Tocantins informou que será fiscalizada de perto a prática de preços abusivos nos combustíveis e caso haja identificação de postos cobrando acima do valor, haverá responsabilização por crime contra a ordem pública.

 

A ponte que liga a Capital a Luzimangues foi fechada ontem, no final da tarde, por quase uma hora e uma fila enorme de carros congestionou a passagem dos condutores. Com a manifestação, os caminhões-tanque não estão conseguindo chegar ao destino final e as entregas estão suspensas. O dono de uma distribuidora de água e gás da região Norte de Palmas informou que, se a greve continuar, o estoque só dura até o fim dessa semana.

 

No interior, pelo menos dois municípios já estão sem combustíveis. De acordo com a última atualização da Polícia Rodoviária Federal, o maior posto de gasolina de Fortaleza do Tabocão já estaria fechado e em Paraíso toda a gasolina álcool e diesel já foram consumidos pela população.

 

Apoio à paralisação

 

A União Geral dos Trabalhadores do Tocantins - UGT-TO, se reuniu nesta quinta-feira, 24, com representantes de vários sindicatos afiliados e decidiu apoiar o movimento de paralisação dos caminhoneiros. De acordo com o presidente da entidade, Célio Mascarenhas, essa é a hora de dar apoio ao movimento, "esta é hora de unirmos em prol de uma causa que está sendo abraçada pela sociedade brasileira", pontuou. 

Comentários (0)