Hospital citado na Marcapasso diz que nunca utilizou equipamentos do HGP; veja notas

Policia Federal anunciou nesta terça que durante a investigação da Operação Marcapasso foi descoberta a retirada de vários equipamentos do HGP para serem utilizados em clínicas da rede privada

Polícia Federal em Palmas
Descrição: Polícia Federal em Palmas Crédito: Da Web

Citado na Operação Marcapasso, da Polícia Federal, deflagrada neste terça-feira, 7, o Hospital Santa Thereza enviou nota a imprensa informando que nunca teve qualquer relação com o objeto da operação. A instituição de saúde, juntamente com um grupo de médicos, são acusados pela PF de fraudaram PlanSaúde e levaram equipamentos do Hospital Geral de Palmas.

 

O Hospital diz que não mantém nenhum tipo de convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde), bem como nunca recebeu qualquer verba oriunda do SUS ou da Secretaria de Estado da Saúde. Esclarece, ainda, que não participou de qualquer processo licitatório para fornecimento de OPMEs (Órteses, próteses e materiais especiais), objeto da operação.

 

A nota afirma, também, que não há qualquer instalação ou utilização de equipamento médico hospitalar do Hospital Geral de Palmas (HGP) nas dependências do Hospital.


Médicos citados se defendem 

 

Em nota enviada ao T1 nesta tarde, os médicos Silvio Alves da Silva e Antônio Fagundes da Costa Junior, também citados na Operação Marcapasso, negam qualquer participação no esquema sob investigação da Polícia Federal e prestaram todos os esclarecimentos necessários em depoimento ao delegado responsável pelo caso.

 

O advogado Rodrigo Dourado também emitiu nota a favor de seu cliente Charlston Cabral Rodrigues, citado na Operação Marcapasso da Polícia Federal. "Trata-se de uma investigação, sendo que o Dr. Charlston sequer está na condição de indiciado. Não há provas de participação do meu cliente no suposto esquema de fraude de licitação, pois não tinha qualquer participação direta ou indireta na solicitação do material cirúrgico junto ao HGP ou Plan-Saúde. Ao final da investigação restará demonstrando a ausência de participação do médico no suposto crime em testilha. Por outro lado, informo que não havia a necessidade de condução coercitiva, tanto é que ele mesmo foi espontaneamente prestar seu depoimento, inclusive foi em seu próprio carro. Informo ainda que a verdade será esclarecida dentro da própria investigação, inclusive é pouco provável que haverá qualquer denúncia com as provas que tem no inquérito policial. Já estamos analisando a possibilidade de processar a união, uma vez que não havia necessidade da condução coercitiva e da busca e a apreensão, já que sequer há indícios de autoria do meu cliente".

 

Entenda

 

A Polícia Federal deu cumprimento às prisões temporárias de 13 pessoas no Tocantins, determinadas pela Justiça federal, na manhã desta terça-feira, que estão envolvidos em esquema criminoso relacionado à compra superfaturada de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME’s). Outro foco da investigação foram fraudes no Plansaúde.

 

Durante a investigação, ainda foi descoberto que houve a retirada de vários equipamentos caros do Hospital Geral de Palmas (HGP) para serem utilizados em clínicas da rede privada. 

 

Nota na íntegra

 

Com relação à Operação Marcapasso, da Polícia Federal, deflagrada neste terça-feira, 7, a administração do Hospital Santa Thereza esclarece que:

 

  1. O Hospital Santa Thereza nunca teve qualquer relação com o objeto da operação, haja vista que nunca manteve nenhum tipo de conveniamento com o SUS (Sistema Único de Saúde), bem como nunca recebeu qualquer verba oriunda do SUS ou da Secretaria de Estado da Saúde.

     
  2. Esclarece, ainda, que nunca participou de qualquer processo licitatório para fornecimento de OPMEs (Órteses, próteses e materiais especiais), objeto da operação em curso.

     
  3. Diferentemente do que está publicado na imprensa, não há, e nunca houve, qualquer instalação ou utilização de equipamento médico hospitalar do Hospital Geral de Palmas (HGP) nas dependências do Hospital Santa Thereza. Tanto é verdade que a Polícia Federal não fez e não executou busca e apreensão no Hospital Santa Thereza, uma vez que não existe nenhum equipamento público em suas dependências;

     
  4. Recentemente inaugurado, o Hospital Santa Thereza é referência em atendimento hospitalar no Estado do Tocantins e jamais permitiria que uma ilegalidade desta natureza ocorresse em suas instalações com o seu consentimento;

     
  5. O Hospital Santa Thereza irá colaborar no que for necessário para a elucidação dos fatos e reitera sua missão em continuar prestando um atendimento de excelência e qualidade a todos os pacientes e usuários.

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