O Tocantins apresentou um panorama demográfico misto em 2024, de acordo com as Estatísticas do Registro Civil divulgadas pela Superintendência Estadual do IBGE. O estado registrou o menor número de nascidos vivos desde 2004 , ao mesmo tempo em que bateu um recorde histórico no número de casamentos oficializados. Conforme o estudo, foram contabilizados 21.883 nascidos vivos em 2024, representando uma queda de 5,8% em relação às 22.959 pessoas nascidas em 2023. O número, segundo o levantamento do IBGE, foi o menor registrado desde 2004, quando o estado teve 20.367 nascimentos.
O registro civil contabilizou 9.098 falecimentos em 2024. Deste total, 5.528 óbitos foram de homens, superando, como em toda a série histórica, o número de mortes de mulheres (3.560). A pesquisa destacou a longevidade, com o registro da morte de 98 centenários (pessoas com 100 anos ou mais) no ano passado, sendo 54 mulheres. No entanto, a faixa etária com maior número de óbitos (993) foi a de 80 a 84 anos.
Um dado de alerta para a segurança pública e saúde é que o Tocantins ficou na terceira colocação nacional em mortes por causas externas (não naturais). Proporcionalmente, 11,2% dos falecimentos no estado foram devido a causas não naturais.
Mais homens nasceram
Quanto ao sexo, foram 11.169 nascimentos do sexo masculino e 10.677 do sexo feminino. O mês de abril foi o que registrou o maior número de nascimentos (2.147), enquanto dezembro teve o menor (1.619). A maioria dos nascimentos (21.652) ocorreu em hospitais.
O estudo apontou uma mudança significativa na idade das mulheres que se tornam mães, um movimento de envelhecimento na maternidade. Em 2003, no início da coleta desses dados, 64,4% das mulheres que registraram seus filhos tinham até 24 anos; em 2024, esse somatório caiu para 40,5% do total. Em contraste, os casos de mães entre 30 e 49 anos mais que dobraram, subindo de 14,5% em 2003 para 33,4% em 2024.
Recorde de Casamentos e Aumento de Divórcios
No que diz respeito à união civil, o Tocantins atingiu um novo marco: 8.539 casamentos de pessoas de sexo diferente foram registrados em 2024, superando os 7.276 de 2023 e estabelecendo um recorde na série histórica iniciada em 2013. Este montante nunca havia ultrapassado 8.000 uniões em um mesmo ano.
Paralelamente, o estado registrou 3.236 divórcios em 2024. A maior parte desses desfazimentos ocorreu em relações que duraram entre 10 e 19 anos (876 divórcios), enquanto 495 ocorreram em uniões que persistiram por 26 anos ou mais. A maioria esmagadora dos divórcios (3.012) se deu em relações sob o regime de comunhão parcial de bens.
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