Sindicatos estiveram na manhã desta quarta-feira, 03, reunidos com a Comissão de Análise de Impacto Financeiro do Estado e se mostraram insatisfeitos com o desenrolar das negociações. Eles não aceitaram a proposta apresentada ontem e devem protocolar um oficio notificando o Governo da decisão. A previsão, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintras), Manoel Miranda, é que haja uma greve geral dos servidores, caso o governo não ceda.
A discussão sobre a proposta apresentada ontem pelo Governo, em que o pagamento da data-base seria feito em duas parcelas com percentual de 4,17% para a folha de maio, e o mesmo percentual a partir de novembro deste ano, se arrasta desde a reunião de ontem, terça-feira, 02.
Os servidores querem que o pagamento seja feito em parcela única, e que as progressões sejam discutidas separadamente. Manoel Miranda afirmou que o governo deve comprovar a incapacidade de pagar a data-base em parcela única, como cobram. “O governo está brincando com o servidor. Não aceitamos a proposta dele. Estamos querendo que ele prove que não dá conta de pagar, porque só falar não adianta”, reclamou Manoel.
Outra discussão é sobre o pagamento das progressões salariais. O secretário da Administração, Geferson Oliveira Barros chegou a dizer que as condições para a ampliação do percentual da parcela da data-base estão condicionadas ao pagamento das progressões em 2016.
No entanto, os sindicatos são contra a vinculação do pagamento da data-base às progressões. Eles querem que as discussões sejam feitas separadamente, já que o governo já teria iniciado algumas negociações com categorias. “A saúde não aceita vincular data-base com pagamento de progressão. Ele tem que cumprir o acordo que tem conosco”, disse Manoel Miranda.
Os sindicatos esperam se reunir novamente com a comissão de administração na tarde da próxima segunda-feira, 08. No dia 16 haverá uma mobilização com todos os servidores e, segundo Manoel Miranda, “se não houver abertura [de negociações com o governo] nós estamos preparados para uma greve geral”.
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