O índice de isolamento social do Tocantins aumentou 12,6%, o que significa menos pessoas andando nas ruas ou saindo de casa. Pulou de 40,9% para 53,5%, mas mesmo assim o Estado está nas últimas três posições do ranking nacional, ganhando apenas de Rondônia, com 52,9% e Roraima com 51,5%. Até o último dia 4 de abril, o Tocantins estava em última posição no quesito, com 47,5%.
Pelos índices de isolamento social, pouco mais da metade da população está frequentando as ruas por um ou outro motivo. Os estados que mais respeitam a quarentena são: Piauí (63,9%), Rio Grande do Sul (62,8%), Amapá (62,7), Distrito Federal (62,5%), Maranhão (62,5) e o Goiás com 62%.
Isso é o que mostram os dados de uma pesquisa divulgada na sexta-feira, 10, pela empresa de tecnologia In Loco, de Recife (PE), que fornece inteligência a partir de dados de localização, e tem promovido a doação de tecnologias para ajudar no enfrentamento à pandemia da Covid-19.
A empresa desenvolveu um software que consegue mapear o comportamento das pessoas por meio de sinais de dispositivos de rede sem fio conectado a celulares. Por meio dele, as autoridades podem direcionar recursos de saúde, segurança e comunicação. A geolocalização permite a localização geográfica de um dispositivo (como um celular) conectado a sinais de redes sem fio (como o wi-fi). A precisão média, no caso da In Loco, é de 3 metros.
Através dessa tecnologia é possível analisar o nível de cumprimento do isolamento social decretado pelos governos estaduais para contenção da pandemia de coronavírus. O fundador da In Loco, André Ferraz, explica como o índice é calculado: “essa tecnologia consegue aprender, com base no local em que você mais passa tempo durante a noite, que aquele local é a sua casa. A partir disso, a gente consegue mapear o percentual de pessoas que, em uma determinada região, saíram de suas residências”, explica.
A coleta de dados de geolocalização não interfere na privacidade dos usuários. É capturada apenas a movimentação do dispositivo. A tecnologia não dá acesso a dados pessoais ou números de telefone, acrescenta Ferraz.
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