Interdição de ponte revolta moradores; Associação Comercial repudia medida do governo

Manifestantes alegam que a interrupção do tráfego refletirá no aumento de preços de produtos e serviços que abastecem a cidade. Associação comercial diz que interdição foi "intempestiva".

Crédito: Divulgação

Na manhã deste domingo, 10, moradores de Porto Nacional fizeram uma manifestação contra a interdição da ponte do município, determinada pelo governador Mauro Carlesse, no último dia 7.

 

Os manifestantes protestaram contra o bloqueio alegando que a interrupção do tráfego refletirá no aumento de preços de produtos e serviços que abastecem a cidade. O protesto também reivindicou a gratuidade da balsa que está sendo instalada no local e a construção da nova ponte. Assista ao vídeo:

 

 

Segundo o governo, a decisão de interditar a ponte foi tomada por precaução, em razão da precariedade da estrutura que poderia ocasionar uma “tragédia de grandes proporções”. Na última semana, equipes da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto) realizaram vistorias no local.

 

A ponte está totalmente interditada por tempo indeterminado. Em nota enviada à imprensa, a Associação Comercial, Industrial, Serviços e Agropastoril de Porto Nacional (Acisa-PN) repudiou o bloqueio e disse que a medida é intempestiva.

 

Segundo o presidente da Acisa, a suspensão do trânsito deixou o município e os moradores da margem esquerda isolados, provocando prejuízo para o comércio, indústria e turismo, em função da suspensão de inúmeros serviços.

 

Leia a nota pública na íntegra:

 

"A Associação Comercial, Industrial, Serviços e Agropastoril de Porto Nacional (Acisa-PN), vem solidarizar com os seus associados e com a comunidade portuense e repudiar a forma intempestiva tomada pelo Governador Mauro Carlesse, que sem amparo técnico decidiu bloquear o acesso da Ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional, deixando o município e os moradores da margem esquerda isolados o que tem trazido prejuízo para o comércio, indústria e turismo, como hotéis, restaurantes, comerciantes nas praias de Porto Nacional, uma vez que inúmeros serviços foram suspensos.

 

Atualmente a ponte estabelece relações econômicas entre as comunidades, o que resulta em uma relação comercial forte para a Região e o Tocantins. A Acisa-PN, reitera o respeito a decisão do Executivo, no entanto, solicitamos que o senhor Governador Mauro Carlesse reveja tal decisão e, se possível, libere  até a conclusão do laudo técnico, o tráfego de veículos de passeios e motos, assim como dos ônibus que fazem o transporte intermunicipal e interestadual, que suspenderam os serviços à população.

 

Solicitamos a construção de porto, destinado ao atracamento da balsa para a travessia de caminhões, máquinas agrícolas, e veículos de transporte de cargas. 

 

A diretoria da Acisa-PN se coloca a disposição do Governo do Estado do Tocantins em contribuir para que juntos, por meio de diálogo, sejam discutidas alternativas eficazes e rápidas para que a sociedade e o comércio sofram o menor impacto possível com a interdição da ponte."

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