Após a Polícia Federal deflagrar na manhã da última quinta-feira, 17, a Operação Apoio Zero em que investiga suposto desvio de recursos que superam os R$ 6,6 milhões de reais, na Universidade Federal do Tocantins, a Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (FAPTO), argumentou por meio de nota que “que se trata de uma ação inicial de investigação, envolvendo atos específicos da gestão anterior”.
Na nota, a Fundação diz que “desde o final de 2014, quando foi submetida à nova direção, a FAPTO tem tomado providências para apurar os atos da gestão anterior, com análises de auditoria interna, com resultados encaminhados para ciência do Ministério Público Estadual em abril deste ano”.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações começaram em julho deste ano e revelam que a UFT repassou à FAPTO expressivos valores para execução de projetos de ensino, pesquisa e extensão. Contrariando a legislação vigente, os valores eram transferidos das contas específicas dos projetos para contas da administração da FAPTO. Dali, parte dos recursos não mais retornava às contas dos projetos. Há, assim, fortes indícios de que parte dos recursos foi desviada por meio de transferências e saques para outras pessoas e empresas ligadas aos gestores da FAPTO.
Já a direção da FAPTO disse que “presta contas dos recursos dos projetos a todas as Instituições Financiadoras, e até o momento não houve reprovação de nenhuma prestação de contas de aproximadamente 600 projetos gerenciados”.
Confira a nota da FAPTO na íntegra
Nota
A FAPTO é uma instituição de apoio à pesquisa, ensino, extensão e desenvolvimento tecnológico de Instituições Privadas e Públicas, incluindo a Universidade Federal do Tocantins, através de seu credenciamento nos Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. Sua atuação se restringe ao gerenciamento administrativo e financeiro de projetos, de interesse exclusivo destas Instituições.
A atual gestão da FAPTO, Diretoria Executiva e Conselhos Superior e Fiscal, em resposta às divulgações de mídia sobre a Operação Apoio Zero da Polícia Federal, deflagrada no dia de ontem (17/12/2015), vem por meio desta nota de esclarecimento, informar que se trata de uma ação inicial de investigação, envolvendo atos específicos da gestão anterior.
Desde o final de 2014, quando foi submetida à nova direção, a FAPTO tem tomado providências para apurar os atos da gestão anterior, com análises de auditoria interna, com resultados encaminhados para ciência do Ministério Público Estadual em abril deste ano.
A atual Diretoria, para colaborar com as investigações iniciadas prestou informações à Polícia Federal, se colocando à disposição para cooperar com o esclarecimento dos fatos.
Além disso, para uma maior transparência e em atendimento à legislação, a FAPTO presta contas dos recursos dos projetos a todas as Instituições Financiadoras, e até o momento não houve reprovação de nenhuma prestação de contas de aproximadamente 600 projetos gerenciados.
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