Jovem de 19 anos morre e família autoriza captação de múltiplos órgãos no HRA 

Foram doados rins, fígado e coração; órgãos vão para pacientes que estão na lista de espera do Sistema Nacional de Transplantes

Momento da coleta de órgãos no HRA
Descrição: Momento da coleta de órgãos no HRA Crédito: Gláucia Mendes/Governo do Tocantins

O gesto solidário de autorizar a captação de órgãos de um ente querido morto significa a oportunidade de doar vida para pessoas que estão há meses na fila de espera do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Na sexta-feira, 11, em Araguaína, uma família disse sim para este gesto e autorizou o Hospital Regional de Araguaína (HRA) realizar uma captação de órgãos após ter sido diagnosticada a morte encefálica de um jovem de 19 anos que estava internado na unidade. Foram captados rins, fígado e coração.



A diretora-geral do HRA, Cristiane Uchoa expressou sua gratidão. "Sinto em cada doação um ato de amor que gera um impacto profundo, transformando a dor em esperança e salvando vidas através da captação múltipla de órgãos. O sentimento é de gratidão pela generosidade das famílias que mesmo no momento de perda, ainda assim são capazes de amar desconhecidos”.



“Quero expressar minha gratidão também às equipes que trabalham em conjunto com uma excelente sintonia para o bem comum, a equipe CETTO, CIHDOTT e a equipe do HRA. Ressalto também a importância das equipes médicas de Brasília e São Paulo, a Força Aérea Brasileira e a equipe médica da UTI do HRA, administrada pela empresa Cuidare", acrescenta a diretora.



A CETTO também reconhece o gesto e agradece a família do doador e à equipe do HRA. “Agradeço a família pelo gesto de amor e aos profissionais pelo comprometimento e humanização durante todo o processo. Cada doação realizada é fruto de um trabalho integrado, que envolve respeito, ética e a certeza de que podemos transformar luto em vida. Seguimos firmes na missão de salvar e recomeçar histórias através da doação de órgãos”, disse a coordenadora  da CETTO, Tatiana Oliveira Costa.


 
A enfermeira da CIHDOTT, Luna Maciel reforça que, “a  doação de órgãos é um ato de profunda humanidade, que revela o poder do amor ao próximo mesmo em meio à dor. Neste 11 de abril vivenciamos um momento de grande generosidade no hospital, quando a família deste jovem rapaz, em um gesto de extrema coragem e empatia, autorizou a doação de seus órgãos. Como enfermeira da CIHDOTT, acompanhei de perto cada etapa deste processo com imenso respeito e gratidão. Essa decisão representa não apenas a chance de recomeço para quem aguarda na fila por um transplante, mas também um legado de vida e solidariedade que jamais será esquecido”.



"Vivenciar o processo de doação é, acima de tudo, respeitar o tempo e a dor da família. Nosso papel é oferecer escuta, acolhimento e cuidado para que, mesmo em meio à perda, seja possível refletir sobre a possibilidade de ajudar outras vidas. Neste caso, a decisão da família foi marcada por muita sensibilidade e empatia. É uma atitude que ecoa muito além do hospital: é um legado de solidariedade”, completa o psicólogo da CIHDOTT, Eduardo De Pinho.
 

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