Juizado busca parcerias para realizar programa de política contra as drogas

Programa Café Jovem, em Pedro Afonso, está mobilizando igrejas, Governo e sociedade civil. Secretaria de Defesa Social fala de ações de preventivas

Evento reuniu a sociedade de Pedro Afonso
Descrição: Evento reuniu a sociedade de Pedro Afonso Crédito: Equipe Café Jovem

A juíza Luciana Costa, do Juizado da Infância e Juventude, da Comarca de Pedro Afonso, procurou o Portal T1 Notícias para apresentar um programa voltado à política antidrogas, implantado naquele município na tentativa de coibir os crescentes números de usuários de drogas.

 

O Juizado da Infância e Juventude de Pedro Afonso realizou neste mês de julho, pelo segundo ano consecutivo, o “Café Jovem – vida sim, drogas não”. O propósito do programa, criado pela Juíza Luciana Costa, é de reunir o repesentantes do Estado, a sociedade civil e as instituições sociais e religiosas para discutir meios e estratégias de diminuição do uso de drogas, lícitas e ilícitas.

 

De acordo com a juíza Luciana Costa, as ações do programa foram tão eficazes que professores, comunidade católica e igrejas evangélicas aderiram logo na primeira edição, em 2013. “Para ser ter uma ideia, a Polícia Militar tirou de circulação em Pedro Afonso 20 traficantes. Infelizmente sabemos que não é o bastante, mas já é um bom começo”, disse a juíza.

 

O Café Jovem está trabalhando as ações voltadas para a prevenção primária, como divulgação, panfletagem e palestras de conscientização, mas, segundo a Juíza, sem um trabalho eficiente do poder público, no acolhimento dos usuários e tratamento eficaz, as ações preventivas ficam limitadas apenas àqueles que ainda não se envolveram com as drogas.

 

Ações do Governo

Em entrevista concedida ao Portal T1 Notícias a coordenadora de articulação e captação de recursos, da Secretaria de Defesa Social, Cassilda Figueira, que também é membro do Conselho de Política Antidrogas do Estado, explicou que atualmente no Tocantins existem 120 vagas disponíveis para internação em instituições privadas.

 

Cassilda Figueira disse que o governo mantém atualmente convênio firmado com seis instituições, que recebem o valor de R$ 700,00 por cada internação, por um período de 8 meses. Quanto ao período de internação e quantidade de vagas, a coordenadora falou ao T1 que há uma rotatividade constante dos usuários, uma vez que grande parte deles desistem antes de completar o tempo ideal de internação.

 

Quando questionada se as ações do governo do Estado são suficientes para atender à necessidade, a gestora explicou que a equipe que trabalha com políticas antidrogas é muito pequena para atuar em todo o estado, e destacou a importância de desenvolver ações em parceria com outros órgãos do governo, para atuarem em conjunto na melhoria das condições de habitação, saúde e educação.

 

A Secretaria de Defesa Social está desenvolvendo, em parceria com a Unitins, em 35 municípios do Estado com mais cinco mil habitantes, a Pesquisa Domiciliar Antidrogas, com data de publicação prevista para o final de 2014, que vai apresentar um mapeamento dos principais tipos de drogas usadas no Tocantins e o perfil dos usuários.

 

“As vezes pensamos que a droga mais usada é o crack, mas tem lugares que as incidências de álcool são enormes. Essa pesquisa vai nos ajudar a entender com o que de fato estamos lidando, para enfim sabermos como combater”, pontuou Cassilda Figueira.

 

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