O Juiz Gil de Araújo Corrêa, da Primeira Vara Criminal de Palmas, acatou, nesta quinta-feira, 05, a denúncia do Ministério Público do Estado (MPE) no caso do perito da Polícia Civil aposentado e jornalista Gilvan Nolêto, que sofreu afogamento no lago de Palmas, no dia 21 de agosto. No pedido, o MPE pediu o indiciamento Randerson do Nascimento Silva, 21 anos, e Ângelo Santana Martins, 20 anos, por furto qualificado.
De acordo com a denúncia, os jovens usaram o cartão de crédito para diversas compras, nas modalidades débito automático e crédito, inicialmente no Shopping Capim Dourado e depois em diversos estabelecimentos da Capital. Somente em uma festa na noite do ocorrido, os dois gastaram mais de R$ 1,500 da vítima. O prejuízo total causado a Gilvan passa dos R$ 6 mil.
Além de ter recebido a denúncia, o juiz determinou que Randerson e Ângelo apresentem, por escrito, suas defesas no prazo de 10 dias, através de advogado ou Defensor Público. Caso isso não ocorra, fica determinada a intimação do representante da Defensoria Pública para fazê-lo, também no prazo de 10 dias.
O caso
Segundo o inquérito policial, apresentando pelo MPE, no dia anterior a data do afogamento, a vítima recebeu a visita do denunciado Randerson, o qual ficou hospedado em sua casa. À noite, a vítima convidou o mesmo para sair e ingeriram bebidas alcoólicas em vários estabelecimentos da cidade. No dia seguinte, a vítima e Randerson saíram para beber durante o dia. E à tarde, a Gilvan recebeu uma ligação de Ângelo, amigo de longa data, de Porto Nacional, que estava na Capital. Assim, a vítima foi ao encontro de Ângelo e os três saíram.
No final da tarde, quando a vítima já estava bastante embriagada, os três foram para a praia de Luzimangues. Enquanto os denunciados Randerson e Ângelo ficaram conversando no carro da vítima, o jornalista foi tomar banho no lago, nas proximidades do aterro da Ponte, e, como estava embriagada, veio a se afogar, instante em que os denunciados perceberam e foram socorrê-lo.
Logo em seguida, o socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) veio ajudá-los e conseguiu que a vítima voltasse a respirar com bastante dificuldade. A vítima conduzida para o Hospital Geral de Palmas. O socorrista pediu para que o denunciado Randerson lhe entregasse a identidade da vítima, tendo ele ido até o carro e voltado com a identidade nas mãos, ocasião em que o socorrista disse aos denunciados para se dirigirem ao HGP, onde a vítima seria internada.
Os denunciados conduziram o carro da vítima de volta para Palmas e foram até o HGP, onde Randerson providenciou a papelada de internação da vítima, e ficou sabendo que o seu estado de saúde era grave. Posteriormente, os denunciados voltaram para a casa de Gilvan e lá subtraíram o seu cartão bancário.
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