Justiça condena empresa de Porto por ter demorado a tirar nome de cliente do SPC

Nome foi incluído no SPC em fevereiro de 2017 e dívida quitada em março, porém empresa não retirou nome da restrição mesmo 40 dias depois

A Justiça condenou, nesta quarta-feira, 30, uma empresa de varejo do município de Porto Nacional a indenizar cliente em R$ 5 mil por ter extrapolado o prazo para o cancelamento do registro de um cliente no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

 

No processo consta que o autor da ação teve o nome incluído no cadastro de inadimplência pela referida empresa em fevereiro de 2017. Contudo, mesmo após ele ter quitado a dívida, em março do mesmo ano, o seu nome não foi retirado do cadastro de inadimplência, constando como devedor por mais de 40 dias.

 

Para o juiz relator do processo, Arióstenes Guimarães Vieira, a atitude da empresa fere as determinações previstas em lei. “O prazo para o credor promover o cancelamento do registro desabonador é de 5 (cinco) dias úteis, a contar do pagamento da dívida, sob pena de restar configurado dano moral presumido”, destacou.

 

Desta forma, ao avaliar o recurso impetrado pela parte autora, o relator deu parecer favorável ao provimento parcial do recurso, determinando o pagamento de R$ 5 mil a título de reparação por danos morais, acrescido de juros de 1% desde o evento danoso. Os demais magistrados que compõem a Turma Recursal acompanharam o voto do relator.

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