Justiça determina que Estado reforme postos fiscais em Talismã e Aguiarnópolis

A sentença atende uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual, através da 22ª Promotoria de Justiça da Capital, ainda em outubro de 2015, apontando condições estruturais precárias

Posto Fiscal de Talismã está precário
Descrição: Posto Fiscal de Talismã está precário Crédito: Foto: Divulgação

O juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública de Palmas  determinou, no último dia 26 de julho, que o Estado inicie a reforma dos postos fiscais localizados em Talismã e na divisa de Aguiarnópolis com o município de Estreito (MA), no prazo máximo de seis meses. A sentença atende uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual, através da 22ª Promotoria de Justiça da Capital , ainda em outubro de 2015, apontando condições estruturais precárias e atendimento deficiente nos postos citados e requerendo providências.

 

Na época, o MPE chegou a propor ao secretário estadual da Fazenda um Termo de Ajustamento de Conduta, no qual a administração assumisse o compromisso de reformar as unidades. Porém, segundo o órgão não houve resposta.

 

De acordo com o promotor de Justiça Miguel Batista de Siqueira Filho, autor da ação, em vistorias realizadas nos postos, foram detectadas falhas estruturais, problemas nas balanças e no sistema de informática, além de condições desumanas de trabalho dos auditores em razão da precariedade dos alojamentos.

 

Na decisão, o juiz afirma que, durante o decorrer do processo, o Estado foi citado e apresentou contestação alegando que se encontrava em andamento o Projeto de Modernização Fiscal do Estado do Tocantins (Profisco), no qual o Posto Fiscal de Talismã seria contemplado com a reforma e ampliação de suas dependências, além da ampliação e modernização do seu pátio, para melhor atender aos contribuintes. No tocante ao Posto de Estreito, o Estado havia informado que seria construído um novo prédio e que seu pátio seria restaurado, ampliado e modernizado.

 

Contudo, o Estado não atendeu a determinação do juiz, na época, para juntar aos autos documentos que demonstrassem o andamento do processo licitatório. Na sentença, o magistrado cita que, apesar de o contrato de empréstimo assinado com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que financia o Profisco, ter sido firmado em outubro de 2012, até agora nada foi feito. “Quase quatro anos após o contrato, as reformas não foram sequer iniciadas, fato que ultrapassa os limites da razoabilidade e coloca em cheque a moralidade e a eficiência administrativa”, afirmou o juiz na sentença.

 

(Com informações da Ascom/MPE)

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