Justiça determina suspensão de pagamentos às empresas investigadas pela PF

A decisão da Justiça Federal se refere às empresas EHL, CRT Construtora, MVL Construções, CSN, CCM, Construtora Barra Grande e JM Terraplanagem, várias delas tendo sócio e proprietários presos pela PF

PF apura supostos desvios de verbas em obras
Descrição: PF apura supostos desvios de verbas em obras Crédito: Foto: Divulgação

A Justiça Federal determinou, no início deste mês, que o governo do Estado e o Banco do Brasil suspendessem os pagamentos de obras às empresas investigadas pela Operação Ápia, deflagrada no último dia 13 pela Polícia Federal, no Tocantins. Conforme apurado pelo T1 Notícias, as construtoras firmaram contratos com o Estado em 2014 para obras de pavimentação e terraplanagem em rodovias no Tocantins.

 

A decisão da Justiça Federal se refere às empresas EHL, CRT Construtora, MVL Construções, CSN, CCM, Construtora Barra Grande e JM Terraplanagem, várias delas tendo sócios e proprietários presos durante a operação da PF, que desarticulou organização que atuou no Estado supostamente fraudando licitações públicas e execução de contratos administrativos celebrados para a terraplanagem e pavimentação asfáltica em 29 rodovias estaduais, apurou que a organização funcionava em três núcleos compostos por políticos, servidores públicos e proprietários de empreiteiras. A suspeita é de que o grupo tenha desviado R$ 200 milhões. O ex-governador Sandoval Cardoso foi preso e o ex-governador José Wilson Siqueira Campos foi conduzido coercitivamente à sede da PF, onde prestou depoimento. Ao todo são 113 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal.

 

Prisões mantidas

A Justiça Federal prorrogou na última segunda-feira, 17, por mais cinco dias, as prisões temporárias do ex-governador Sandoval Cardoso, do ex-presidente da Agetrans, Kaká Nogueira, dos proprietários de construtoras Marcos Vinícius Lima Ribeiro, Wilmar Oliveira de Bastos, Humberto Siqueira Nogueira e Francisco Antelius Servulo Vaz, e dos ex-servidores Bruno Marques Rocha e Ciro Caetano da Silva. Todos foram presos durante a operação Ápia, realizada pela Polícia Federal no último dia 13, e permanecerão na Casa de Prisão Provisória de Palmas. Além destes presos, Rossine Aires Guimarães, proprietário da CRT Construtora, cumpre prisão domiciliar por motivos de saúde, e Geraldo Magela Batista de Araújo, sócio da Construtora Barra Grande, permanece no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, por ser militar da reserva. As prisões foram mantidas para garantir o andamento das investigações. Dos 21 mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça, apenas Donizeth de Oliveira, fiscal de contrato da Agetrans, está foragido.

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