Durante a audiência que discute o rombo no Igeprev na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado a senadora Kátia Abreu anunciou que vai mover uma ação contra o Tribunal de Contas do Estado (TCE) por prevaricação. Segundo a parlamentar, mesmo após a auditoria de 2012, nada foi feito.
“Isso é prevaricação. Queremos que os responsáveis sejam encontrados e punidos. Por que o TCE não foi tão diligente com este governo como foi com o governo anterior? Depois acham ruim quando dizem que o governador manda no Tribunal”, ressaltou a senadora.
"O medo acabou. Não existe mais medo no Tocantins", afirmou Kátia. Ela disse ainda que “ninguém aplica R$ 500 milhões em fundos podres para fazer bonito para doleiro. Sabiam o que estavam fazendo".
Já se referindo à Operação Miquéias, da Polícia Federal, a senadora disse: "eu sei quem está no caderninho do doleiro. Não foi ninguém que me contou, não. Eu vi. Não posso falar porque está em segredo de justiça, mas eu vi. Vai chegar o dia em que o segredo de justiça vai acabar e o Tocantins vai saber quem está lá, com os valores todinhos”.
"O conselheiro Herbert [TCE] não veio aqui. Ele é o responsável pelo Igeprev. Eu fiquei envergonhada de ver o relatório que ele fez", disse Kátia cobrando a presença do TCE na audiência.
A senadora disse que “um dos discursos que foi feito no passado era que esses rombos não ocorreriam. E ocorreram, 10 vezes mais”.
“Esses fundos foram criados pelo senhor Fayed e seus comparsas para dar o cano no dinheiro do Tocantins. A CVM não consegue ver doutora Júlya? São cinco Mensalões. Por menos que isso tem gente presa”, questionou a senadora.
Kátia Abreu pediu a relação de todos os fundos que deram prejuízo aos servidores do Tocantins, levantados pelo Ministério da Previdência Social e pela Comissão de Valores Mobiliários.
Ao finalizar a audiência, Kátia disse que os senadores farão uma proposta de fiscalização e controle e reafirmou que ela fará uma representação contra o TCE. “Vamos encaminhar tudo que foi dito hoje para as autoridades e aguardar a mais recente auditoria do MPS", disse.
“Fui acusada pelo responsável por tudo isso de ter feito uma audiência eleitoreira. As pessoas tem o costume de julgar os outros por si próprias. Me afastei desse governo porque não me serve o sossego físico e eleitoreiro. Vim para a oposição combater os atos de um governador que de fato não foi eleito”, finalizou a senadora.
(Atualizada às 17h03)
Comentários (0)