Lavrador tocantinense descobre que é considerado morto ao tentar sacar FGTS

Defensoria Pública do Estado acredita que possivelmente o homem foi vítima de fraude. Ser declarado morto tem gerado outros problemas ao lavrador, que também não conseguiu dar entrada na aposentadoria

Defensora Pública, Letícia Amorim, cuida de caso do lavrador
Descrição: Defensora Pública, Letícia Amorim, cuida de caso do lavrador Crédito: Divulgação

Na última sexta-feira, 20, o lavrador Osmar Gomes Barbosa, de 60 anos, da zona rural de Cristalândia, procurou a Defensoria Pública do Estado por descobrir, em janeiro, que era considerado morto. Osmar soube do ocorrido ao tentar sacar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) na Caixa Econômica Federal (CEF). Ele foi impedido de receber o beneficio por constar na documentação do banco o seu registro como pessoa já falecida.

 

Ser considerado morto tem causado vários problemas ao homem. Além da falta do dinheiro do FGTS, ele também tem tido problemas para conseguir a aposentadoria. “Eu não consegui sacar o meu FGTS e não posso sequer dar a entrada na minha aposentadoria. Eu nunca imaginei que ia passar por uma situação ruim dessas”, afirmou.

 

A Defensoria atendeu Osmar em Lagoa da Confusão, durante edição do projeto “Defensoria Itinerante”. A defensora pública Letícia Amorim, que está cuidando do caso, acredita que o lavrador foi vítima de fraude. “Vamos dar entrada em uma ação judicial para provar que o senhor Osmar está vivo e, a partir de então, buscar os direitos que a ele são garantidos e estão sendo perdidos por conta deste problema”, declarou a defensora.

 

A Caixa Econômica foi oficiada a prestar informações sobre o ocorrido e respondeu que no sistema de bancos de dados de informações sociais do cidadão consta a inclusão de atestado de óbito de Osmar Gomes Barbosa, incluída em maio de 2016, e emitida por cartório do Distrito Federal.

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