Liderança feminista no TO, Bernadete se manifesta sobre ato de queima em Araguaína

Para feminista, ganhos trazidos pelo movimento incomodam e imagem de fogueira é tentativa de intimidar

Bernadete diz que evento convocado em Araguaína incita o ódio
Descrição: Bernadete diz que evento convocado em Araguaína incita o ódio Crédito: Reprodução/TV Anhanguera

Bernadete Aparecida, liderança feminista do Tocantins que coordena a ONG Casa da Mulher 8 de Março, em Palmas, e foi candidata a governadora nas últimas eleições pelo PSOL, repercutiu a divulgação de um ato em redes sociais denominado “Queima ao vivo”, em Araguaína, de organização desconhecida. “A tentativa de amedrontar com a fogueira simbólica relembrando os tempos da inquisição de mulheres como nós, que foram queimadas em massa, revela que eles querem demonstrar que isso pode se repetir na história. Mas não pode. O movimento feminista é o que mais cresce no mundo. É libertário e muito maior do que tudo isso o que está acontecendo aí”.

 

Para ela “esse ódio pregado é principalmente contra mulheres que lutam. A promessa de queimar feministas nojentas e suas pautas é porque essas mulheres incomodam. E como o convencimento das outras pessoas sobre nossa luta por direitos é cada vez mais democrático, a saída dos fascistas é cada vez mais violenta, eles não conseguem dialogar. Eles juntam por não conseguir vencer essa organização de mulheres”, declarou a feminista em entrevista ao T1 Notícias.

 

Bernadete ainda avaliou o fato que acredita motivar a incitação. “Os ganhos da população feminina, comunidade LGBT, jovens, pelos direitos humanos e contra a desigualdade pela via do conhecimento de que se têm direitos, isso tem aterrorizado aqueles que querem se manter como privilegiados” e completa “fascistas não triunfariam se não tivessem aliados nas classes médias e entre os grupos excluídos”.

 

A solução para tal situação, conforme avalia Bernadete está no combate a violência via educação. “Nós precisamos combater a violência e continuar um processo educativo das pessoas que são mais excluídas. A saída de não violência tem que ser ensinada. O discurso de convencimento e de democracia tem que ser feita pela educação”, reitera.

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