Preso no último domingo, 25, em Palmas, por suposto envolvimento no escândalo do lixo hospitalar em Araguaína, o advogado Luiz Olinto Rotoli Garcia de Oliveira foi transferido ontem, 26, para uma cela no QCG da Polícia Militar, em Palmas. Conforme a PM, Luiz Olinto está atualmente custodiado no Quartel do Comando Geral da PM, à disposição da Justiça.
A transferência ocorreu após requerimento do próprio preso, através do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Luiz Olinto, que é irmão do deputado estadual Olyntho Neto (PSDB) e filho do ex-juiz eleitoral João Olinto, deve ser transferido para Araguaína nesta semana, onde as investigações são conduzidas pela 4ª Delegacia de Polícia Civil de Araguaína.
De acordo com o pedido do advogado, o artigo 133 da Constituição Federal, “preserva a segurança física do Advogado, bem como sua dignidade e a de toda a Advocacia”, já que em âmbito de atuação, esse profissional é “indispensável à administração da justiça e presta serviço público e exerce relevante função social”. Logo, os agentes da ordem, Luiz, em questão, envolvido em diversas investigações, não deveria ter sido recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em comodidades condignas, assim reconhecidas pela OAB.
O mandado de prisão preventiva, expedido pela 1ª Vara Criminal de Araguaína contra Luiz Olinto, faz parte da 2ª Fase da Operação Expurgo que foi deflagrada no último sábado, 24, com o cumprimento da busca e apreensão na Fazenda Caeté, no município de Wanderlândia, de propriedade da família Olinto, na qual foi constatada a presença de diversos resíduos de origem hospitalar, enterrados dentro da área da propriedade rural.
Conforme apontou a investigação realizada pela Polícia Civil, o advogado seria a pessoa que realiza os pagamentos das despesas da empresa Sancil Sanantonio, de propriedade de seu pai e de mais duas sócias. A polícia apura se o advogado teria financiado a fuga das envolvidas no caso e dos motoristas que transportavam o lixo. Luiz Olinto ainda teria supostamente interferido na investigação, ao dificultar que a polícia localizasse as testemunhas ou obtivesse provas.
Sócia presta depoimento
Ludmila Andrade, apontada pelas investigações como uma das sócias da empresa Sancil, prestou depoimento à Polícia Civil na tarde de ontem e foi liberada. A polícia acredita que Ludmila e a outra suposta sócia da empresa, Valdirene de Sousa Martins, seriam “laranjas” no esquema. Conforme a polícia, Ludmila está obrigada a comparecer à delegacia sempre que for intimada. Valdirene se apresentou à polícia na semana passada e deve prestar depoimento nesta terça-feira, 27.
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