Mais de 90 estudantes participaram do Festival Surdolímpico em Araguaína

Evento é uma extensão do sucesso da primeira edição realizada em Palmas em 2023

Crédito: Seduc/Governo do Tocantins

Cerca de 94 estudantes participaram do Festival Surdolímpico, promovido pelo Estado, via Secretaria da Educação (Seduc). O evento ocorreu em Araguaína, no Colégio Militar Jardenir Jorge Frederico, e visa promover a inclusão de pessoas surdas no esporte. A programação contou ainda com uma troca de experiências esportivas, o que permitiu que os participantes conhecessem e se envolvessem com modalidades como tênis de mesa, badminton, voleibol, judô e natação.

 

Professores de Educação Física foram responsáveis por demonstrar os fundamentos e as regras dos esportes, enquanto intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) garantiram que todos pudessem compreender as instruções.

 

O superintendente Regional de Educação de Araguaína, Luís Boenergio, em nome do titular da Seduc Fábio Vaz, destacou a importância do evento. “Criar oportunidades como esta é essencial para valorizar e reconhecer o potencial dos estudantes surdos. O festival vem de encontro para agregar mais valor ainda nesse trabalho que é fantástico, que é o trabalho da inclusão. Nós, enquanto Secretaria de Estado de Educação, estamos aqui empenhados com esta realização para que não pare por aqui", afirmou.

 

Clay Vaz, professor e técnico do Desporto, comentou sobre a relevância do evento para a comunidade dos surdos. "É  uma oportunidade onde todos possam se sentir parte de algo maior, principalmente, a acessibilidade e inclusão dos estudantes surdos na área esportiva, vivenciando modalidades esportivas diversas através da educação", disse. 

 

Os estudantes mostraram-se entusiasmados com a experiência. Lara Sophia Marques Miranda, de 12 anos, da Escola de Tempo Integral Sancha Ferreira, expressou sua alegria. “Estou muito feliz de estar aqui. É uma grande oportunidade participar, conhecer e praticar esportes"

 

Aos oito anos, Mariah Souza Silva veio de Colinas pela escola Cantinho da Alegria e relatou sua experiência. "Eu estou muito feliz em estar aqui participando com as pessoas desse momento de interação, brincando de vôlei, de tênis de mesa e ainda tem natação para refrescar no final", declarou.

 

Os pais também celebraram a iniciativa. Wérica Souza Silva, mãe de Mariah, destacou que a ação proporciona a socialização. “Esse momento faz com que eles se sintam vistos, eles encontram amigos surdos, pessoas surdas, conversaram sobre tudo, tornando um momento de socialização, em que  conseguem se divertir e conhecer novas pessoas", acrescentou.

 

Maria Elizângela Miranda, mãe de três filhos surdos participantes do festival comentou: “ver meus filhos tão felizes e ativos em um evento como este é maravilhoso. Isso mostra que o esporte é para todos porque eles se sentem pertencentes"

 

Para o professor de Libras, Bruno Aires, do Colégio Militar Jardenir Jorge Frederico, a vivência dos estudantes é um momento significativo. "Eles estão aqui contemplando maravilhados porque  estão interagindo a partir da sua língua, da sua cultura, das suas identidades e acompanhando todas essas modalidades que estão sendo ofertadas. É admirável ver as famílias acompanhando os estudantes em defesa de um ambiente mais bilíngue", concluiu.

 

Acadêmicos do Centro Universitário Planalto (Uniplan) de Araguaína também estiveram presentes oferecendo serviços de saúde. Os estudantes de Fisioterapia e Enfermagem, acompanhados por professores, realizaram massagens, aferições de pressão e testes glicêmicos, para ampliar o suporte aos participantes.

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