Manifestantes reclamam que Casa Militar teria mandado desfazer acampamento

Segundo Fábio Sousa, um dos aprovados para trabalhar no Sistema Penitenciário, o acampamento não está atrapalhando em nada o direito de ir e vir das pessoas e acontece de forma pacífica.

Barracas foram montadas na Praça dos Girassois.
Descrição: Barracas foram montadas na Praça dos Girassois. Crédito: Divulgação

O grupo de aprovados no concurso do Sistema Penitenciário e do Sistema Socioeducativo, que segue acampado em frente à Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) desde o dia 18, reclama que teria recebido determinação da Casa Militar do Governo do Tocantins para que desocupem o local até o final da tarde desta segunda-feira, 24.

 

Segundo Fábio Sousa, um dos aprovados para trabalhar no Sistema Penitenciário, o acampamento não está atrapalhando em nada o direito de ir e vir das pessoas e acontece de forma pacífica.

 

“Querem tirar parte do acampamento, sendo que não levaram nada por escrito. Estamos cozinhando no lugar e não criamos nenhum obstáculo. Só estamos lutando por um direito de liberdade de expressão”, informou ao T1 Notícias, acrescentando que irão procurar auxílio jurídico as Defensoria Pública Estadual (DPE).

 

Questionada sobre a suposta determinação, em nota de esclarecimento a Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) esclareceu que a Casa Militar não determinou a desocupação da área utilizada pelo grupo de manifestantes.

 

Segundo a Secom, a Casa Militar, após receber denúncia de que o grupo havia feito ligação clandestina, conhecida como gato, nas redes elétrica e de água de secretarias próximas ao acampamento, procurou o grupo e orientou sobre a ilegalidade das ligações, determinando o desligamento dos gatos até o final da tarde desta segunda-feira, 24. “As ligações clandestinas de energia, além de ilegais, oferecem riscos à integridade física daqueles que utilizam de tal meio”, avisou o governo.

 

Ainda segundo a Secom, a Casa Militar orientou sobre a necessidade de autorização para montagem de barracas de acampamento na Praça dos Girassóis, motivo pelo qual elas devem ser retiradas até que consigam autorização pertinente. “Caso as ligações clandestinas não sejam retiradas, medidas legais serão adotadas”, completou.

 

Por fim, a Secom reiterou que o Governo do Estado mantém canal aberto de diálogo com todas as categorias para discutir toda e qualquer demanda.

 

O grupo de manifestantes, composto por 125 aprovados no certame como agentes socioeducativos e 162 como agentes prisionais, está acampado desde o dia 16 deste mês por tempo indeterminado. O objetivo é chamar a atenção do governo e cobrar respostas sobre o andamento do certame, pois querem ser nomeados e empossados no cargos aos quais foram aprovados.

 

 

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