Durante a visita do governador Marcelo Miranda ao HGP na manhã desta segunda-feira, 8, para entregar os novos leitos do hospital, o secretário de saúde, Marcos Musafir falou em coletiva à imprensa sobre as novas obras nos hospitais públicos do Estado e adiantou que com a saída da Litucera, os serviços terceirizados pela saúde não serão concentrados numa só empresa, como era feito antes. A Litucera era responsável pela alimentação, limpeza e rouparia dos hospitais do Estado.
“As licitações estão andando. A rouparia já foi feita, a alimentação está andando com algumas orientações e a da limpeza está para sair também. Serão quatro lotes separados para empresas diferentes para não haver mais a situação de monopólio, então nós vamos ter um custo bem menor, com uma efetividade bem maior. Nós somos obrigados a seguir uma lei, a Nº 8.666, que dá amplos direitos a quem participa, e ao governo também, para corrigir algumas situações dos editais e esses obstáculos vem sendo enfrentados. Temos tido o apoio do CGE para solucionar pequenos obstáculos e nós vamos, o quanto antes, voltar a ter a normalidade desse serviço que é terceirizado, não é um serviço prestado pelo Estado”, explicou.
Tendas
O secretário de saúde informou que a retirada das tendas deverá gerar uma economia de R$ 50 mil por mês para os cofres públicos, que será direcionada para a aquisição de equipamentos para os novos leitos. “A economia da locação do espaço gira em torno de R$ 50 mil por mês, e será revertido para a aquisição de novos materiais e equipamentos que nós necessitamos nas novas alas do hospital”, afirmou o gestor.
Musafir adiantou ainda que no máximo até agosto a última etapa da obra de ampliação do HGP deverá ser concluída. “A previsão de entrega, segundo a construtora, é no final de julho, início de agosto já vamos ter condições de colocar pacientes no espaço novo. A obra está sendo feita, está subindo agora rede de gases e toda a infraestrutura necessária para um hospital funcionar. Assim que estiver tudo pronto a gente inaugura, e isso leva, segundo a construtora, de 2 a 3 meses”, detalhou o secretário.
Pacientes nos corredores
Questionado sobre a quantidade suficiente de leitos para atender também os pacientes que ficavam nos corredores, o secretário de saúde explicou que muitos já foram transferidos para os quartos recém-inaugurados e que o hospital está em campanha para evitar a acomodação de pacientes no corredor da unidade. “Com a regulação e o núcleo interno de regulação nós tivemos que remanejar pacientes para outras unidades e pudemos trazer vários pacientes dos corredores. Vários tiveram alta e outros foram encaminhados para fora. Hoje temos 42 pacientes do corredor que subiram para os quartos que são enfermarias com 2 leitos, mais humanizada. O objetivo nosso é não ter mais pacientes no corredor. Estamos em campanha aqui com nossos profissionais do hospital: ‘corredor zero’. O problema é que o outros 138 municípios não tem hospitais grandes, então os pacientes vem para cá e nós estamos de portas abertas. Vaga zero, mas atendemos quem chega em risco de morte, por isso essa superlotação. Com a reestruturação da rede de saúde, nós certamente vamos reduzir bastante, vamos poder ofertar muitos serviços nos municípios e com isso diminuir essa superlotação”, informou.
Unidades recebem adequações
O secretário de Saúde também informou que as 18 unidades de saúde do Estado também deverão receber melhorias. “As 18 unidades regionais deverão receber adequações físicas para melhorar a sala vermelha, sala de estabilização, melhorar a enfermaria, colocar ar condicionado nos principais locais. Melhoras iniciais que são necessárias. Também virá do governo federal um recurso da emenda de bancada federal para que possamos melhorar as condições materiais do hospital, por exemplo, material cirúrgico, ultrassom, raio X, aparelhos da Terapia intensiva. Vem também do Ministério da Saúde o projeto da lista de espera. Já estamos começando a caminhar com essa lista e brevemente teremos esses recursos e junho para acelerar essa lista de espera e reduzir o numero de pessoas sofrendo e aguardando por cirurgias”.
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