Quem precisa do medicamento Somatropina, medicamento indicado para o tratamento de problemas causados pela deficiência no hormônio do crescimento, não está conseguindo encontrar na Assistência Farmacêutica da Secretaria da Saúde em Palmas. Isso porque o medicamento está em falta e ainda não há previsão para a sua reposição. A Assessoria de Comunicação da Secretaria da Saúde (Sesau) confirmou ao Portal T1 Notícias a falta do medicamento no estoque da Assistência Farmacêutica.
O estudante João Henrique Lima, de 13 anos, precisa do medicamento para o seu tratamento. No entanto, ele está há quatro meses sem tomar a Somatropina porque está em falta na Assistência. “Meu filho já está há quatros meses sem tomar o medicamento. E toda vez que acontece isso, começa todo o processo burocrático de novo e o problema é a criança ficar todo esse tempo sem o medicamento. A gente está correndo contra o tempo”, reclamou o pai de João Henrique, o funcionário público João Carlos Lima.
Diante da situação, Lima disse que se sente impotente porque o filho precisa do medicamento que custa muito caro e o Estado não deu ainda nenhuma previsão de quando voltará a fornecer. “A somatropina é muito cara. Eu não tenho condição de comprar e a criança tem que tomar todo dia”, afirmou.
A Sesau disse por meio de uma nota que “está tomando todas as providências legais para garantir a continuidade da oferta do medicamento somatropina e já empenhou nota para aquisição de mais doses da medicação”.
Sobre a falta de outros medicamentos, a assessoria informou ao T1 Notícias por telefone que não saberia precisar quais medicamentos estão em falta e que seria necessário fazer um levantamento.
Falta de Insumos no HGP
Já no Hospital Geral de Palmas (HGP), o problema é com a falta de materiais para realizar cirurgias. Pacientes aguardam em filas porque, segundo uma acompanhante que pediu para não ter o nome divulgado, os médicos alegam que não há materiais suficientes para fazer os procedimentos.
É o caso de uma paciente que está na fila para realizar uma cirurgia no fêmur. Segundo a mãe da paciente, que pediu para não ser identificada por medo de que possa atrapalhar o atendimento da filha no hospital, a justificativa dada pelos médicos para a demora na cirurgia, primeiro seria pela falta de médicos anestesistas no HGP e agora, foi afirmado que está faltando material, como furadeira. “Disseram que estavam trabalhando com duas [furadeiras] e a medida que chega alguém mais grave passa na frente”, disse a mulher.
A mãe da paciente disse ainda que os médicos ficaram de marcar a cirurgia, no entanto, ainda não foi informada de quando o procedimento será feito. “O sentimento é de revolta e impotência. É muito triste ver minha filha sofrendo com dores e toda ferida e eu não poder fazer nada. Dá um desespero, uma vontade de tirá-la do hospital e levar pra casa”, afirmou.
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