Cerca de 80 médicos residentes do Tocantins paralisaram os serviços nesta quinta-feira, 24, em adesão à paralisação nacional da categoria, que cobra em todo o país melhores condições de trabalho nos hospitais, mais qualidade de ensino e cumprimento da carga horária. No Tocantins, durante 24 horas, os médicos residentes não farão atendimentos no Hospital Geral de Palmas, no Hospital Infantil de Palmas e no Hospital e Maternidade Dona Regina.
“Buscamos, com esse ato, a valorização da residência médica, o cumprimento da carga horária, pois muitos de nós trabalhamos muito além do que deveríamos, pedimos também mais qualidade de ensino e principalmente melhores condições de trabalho. Estamos nos hospitais para aprender e como faremos isso, como faremos um bom atendimento sem medicamentos, sem insumos?”, destaca Natasha Borba, presidente da Associação dos Médicos Residentes no Tocantins e médica residente em Psiquiatria.
Na manhã desta quinta, a paralisação acontece em frente ao Pronto Socorro do HGP e à tarde os manifestantes distribuirão panfletos no HIP e no Hospital Dona Regina.
Na tarde desta quinta-feira, a Secretaria Estadual de Saúde enviou nota ao T1 informando que está tomando todas as medidas legais cabíveis para que não falte medicamentos.
Confira a nota da Sesau
Nota de Esclarecimento
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa que nos primeiros oito meses deste ano, de janeiro a agosto, já empenhou quase R$ 32 milhões na compra de medicamentos e insumos e que vem cobrando as empresas que venceram as licitações para que façam as entregas o mais rápido possível para que não sejam prejudicados os atendimentos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) no Tocantins.
As empresas, a partir do recebimento da nota de empenho, têm 15 dias para entregar os insumos, após este prazo recebem uma carta de cobrança, com um prazo de três dias para entrega, depois disso, uma notificação com prazo de 36 horas para a entrega dos produtos.
A Sesau esclarece que está agindo dentro dos prazos legais e já notificou extrajudicialmente 36 empresas. Outras 23 estão com processos no departamento jurídico para serem notificadas judicialmente por não estarem fazendo as entregas regulares. Todas estas formas legais estão sendo utilizadas para manter os estoques abastecidos e os atendimentos regulares.
Atualizada às 17h13, de 24/09
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