A medida que impede inscrição de agressores de mulheres nos quadros da Ordem foi aprovada pelos conselheiros federais da ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Tocantins, em sessão ordinária do pleno do Conselho Federal da OAB, em Brasília, nesta terça-feira, 19.
“Esse momento histórico para a advocacia feminina demonstra o alinhamento da OAB Tocantins à posição do Conselho Federal sobre esse tema. A OAB/TO é feminina e assim será em todas as oportunidades”, ressaltou o presidente da OAB/TO, Gedeon Pitaluga.
O requerimento para votação da matéria foi da Comissão Nacional da Mulher Advogada e relatada pelo conselheiro federal Rafael Braude Canterji (OAB-RS), que elaborou parecer em defesa do respeito e combate à violência contra as mulheres como condição moral intrínseca ao exercício da advocacia.
“O Conselho Federal da OAB mostrou que é sensível a causa da advocacia feminina com a aprovação, por unanimidade, da proposta de inclusão da prática de violência contra a mulher como fator apto a demonstrar a ausência de idoneidade moral para a inscrição de bacharel de Direito nos quadros da OAB. Vitória da sociedade e da advocacia”, destacou a conselheira federal da OAB/TO, Kellen Pedreira.
A Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica do Tocantins também se posicionou sobre o assunto. “A ABMCJ publicou nota relacionada ao caso de agressão brutal e de grande repercussão nacional, praticado pelo estagiário aprovado no exame da Ordem Vinícius Batista Serra. É inadmissível permitir o exercício da advocacia por pessoas que não tenham conduta moral adequada a importância desta missão”, disse a presidente da ABMCJ/TO, Elaine Noleto.
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