Militares são acusados de tentativa de homicídio contra delegado em Guaraí

Inquérito aponta que não houve perseguição e a abordagem tinha o objetivo de atingir o ocupante do veículo; militares são acusados de homicídio tentado qualificado

Crédito: Divulgação

A investigação sobre o incidente entre a Polícia Militar e o delegado Marivan da Silva Souza, que ocorreu no dia 28 de outubro, em Guaraí, foi concluída pela Polícia Civil e enviada à Justiça nesta última terça-feira, 09.  O delegado de Colméia foi alvejado por um grupo de PMs assim que entrou na cidade de Guaraí, onde foi visitar um amigo, também delegado.

 

O relatório enviado à Justiça pede que os policiais sejam denunciados pelo crime de homicídio tentado qualificado (art. 121, § 2º, III, in fine, e IV, in fine, c/c art. 14, II, ambos do Código Penal).

 

O inquérito aponta que não houve perseguição e a abordagem tinha o objetivo de atingir o ocupante do veículo. “Ao atirarem pelas costas da vítima, com o emprego de arma de grosso calibre e de forma a surpreendê-la, os investigados impossibilitaram que ela esboçasse qualquer reação de defesa”, diz o relatório.

 

Ainda de acordo com o relatório, a vítima foi alvejada por um projétil que adentrou o carro, que veio a se fragmentar, e atingir as seguintes partes do corpo do delegado: na cabeça; na orelha direita; na escapula direita; e no antebraço direito.

 

Tramite do Inquérito

 

Mesmo tendo sido fechado e enviado para a Justiça, o inquérito ainda não se trata de uma denúncia. A investigação agora será analisada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e decidirá se apresenta ou não denúncia [o relatório] da Policia Civil ao Tribunal de Justiça para ser julgado.

 

Versão dos PMs

 

O incidente ocorreu quando os PMs estavam em Guaraí procurando suspeitos de assaltar um carro forte. Nas buscas, os policiais acabaram confundindo o delegado de Colméia com um criminoso.

 

Eles sustentam a versão de que o delegado teria desrespeitado uma ordem de parar e por isso atiraram no veículo em que Marivan estava. O delegado foi atingido com três tiros, na mão, na orelha e outro de raspão na cabeça. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Geral de Palmas.


Delegado não comenta

 

O delegado Marivan da Silva disse ao T1, por telefone, que não quer comentar o caso e que se recupera, ainda, das lesões.

Comentários (0)