A Secretaria de Segurança Pública do Tocantins passará , ainda nesse semestre, a fazer parte da Rede Nacional de Laboratórios de Tecnologia (Rede LAB), um programa do Ministério da Justiça voltado para a identificação de crimes de lavagem de dinheiro.
No Tocantins, o laboratório já existe no Ministério Público Estadual e agora a Polícia Civil passará a contar com a tecnologia. A implantação do laboratório acontece por meio do acordo de cooperação, no qual o órgão interessado disponibiliza espaço físico e os profissionais habilitados para o trabalho e o MJ oferece os equipamentos, os softwares e o treinamento para a equipe.
Como parte do processo de inclusão da SSP-TO na Rede LAB, uma equipe de seis delegados da Polícia Civil do Tocantins participou, em Brasília, na última semana, do curso Análise de Dados LAB-LD - Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro. O curso é promovido pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional.
Metodologia e gestão de casos, introdução ao estudo de lavagem de dinheiro e técnicas de análise fiscal, bancária e patrimonial, foram temas abordados no curso. Os técnicos são preparados para identificar comportamentos comuns em ações fraudulentas de pessoas físicas ou jurídicas, a partir das análises de extratos bancários e fiscais oriundos da quebra de sigilo.
O coordenador da Rede LAB no Ministério da Justiça, Leonardo Terra, explicou que uma das propostas da Rede é mudar a mentalidade de combate ao crime. “Não basta prender os criminosos, se o dinheiro do crime já foi revertido em bens. Quando o investigador tem consciência sobre os desdobramentos do crime, os indícios são analisados pelo laboratório e com o resultado da investigação você consegue recolher de volta para o Estado, bens que foram adquiridos por meio de atividades ilícitas”.
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