Ministério Público protocola denúncia contra policiais e pede júri popular

Ministério Público afirma que existem “provas robustas” que comprovam a participação dos policiais nos crimes de Gurupi.

O Ministério Público Estadual protocola na tarde desta segunda-feira, 28, uma denúncia crime contra os seis policiais militares de Gurupi suspeitos da participação em um grupo de extermínio que teria executado seis pessoas.

 

De acordo com o subprocurador geral de Justiça do Tocantins, José Maria da Silva Junior, há indícios suficientes para que a Justiça aceite a denúncia e leve os acusados a júri popular. “Há uma série de provas colhidas durante as investigações que apontam a participação dos policiais nos crimes”, afirmou o subprocurador.

 

De acordo com José Maria, todo o trabalho do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) foi utilizado para juntar “provas robustas” da autoria das execuções. Os crimes cometidos são passíveis de pena que chegam a 30 anos de prisão.

 

Os policiais Heber Cleber de Rezende, Elizabeht Pereira Dias Oliveira, José Alberto Souza Abreu da Mata, Marcelo Guimarães Barros, Amarildo Cordeiro Duarte, Elide de Oliveira Silva e Elpides de Oliveira Silva são acusados da execução  de Walyson de Oliveira Gonçalves, Regivaldo Miranda da Silva, Reginaldo Alves, Daniel Alves Batista e Cláudio Roberto Pereira. O grupo também é suspeito de participação em outro crime, mas as investigações ainda estão em curso.

 

Decreto de prisão preventiva

Na última sexta-feira, 25, a juíza Gisele Pereira de Assunção Veronezi, da Comarca de Gurupi, determinou a prisão preventiva dos seis policiais militares. A prisão preventiva foi requerida pelos delegados José Rérisson Macêdo, Liliane Albuquerque e Evaldo de Oliveira Gomes, com manifestação favorável do Ministério Público do Estado (MPE)

 

Em sua decisão, a juíza justifica a permanência dos investigados em prisão pelo fato de que eles teriam "tentado tumultuar a instrução criminal, ameaçando testemunhas e destruindo provas. Inclusive, há suspeita de que os supostos autores tenham executado uma das testemunhas do caso". Além disso, Gisele Veronezi fundamenta a decisão alegando a extrema gravidade dos vários homicídios praticados, principalmente porque os supostos agentes são policiais militares, pessoas que, por lei, são autorizadas a usar armas. (Com informações da assessoria do MPE)

 

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