Morre funcionário da prefeitura de Alvorada envolvido em incêndio na rádio local

Hélio Ribeiro, que era funcionário da prefeitura de Alvorada, estava sendo investigado pela Polícia Civil se ele e outros suspeitos são os responsáveis por atear fogo na emissora de rádio da cidade

Incêndio na rádio de Alvorada ocorreu dia 5 de novembro deste ano.
Descrição: Incêndio na rádio de Alvorada ocorreu dia 5 de novembro deste ano. Crédito: Divulgação

Morreu nesta terça-feira, 17, no Hospital de Queimaduras de Anápolis (GO), Hélio Ribeiro Figueiredo Júnior, cuja imagem foi capturada em câmera de segurança, dentro das instalações de uma emissora de rádio em Alvorada, local do qual saiu com 80% do corpo queimado, no dia 5 de novembro. Antes de ser transferido para Goiás, Hélio ficou internado no Hospital Regional de Gurupi (HRG).

 

Hélio, que era funcionário da prefeitura de Alvorada, estava sendo investigado pela Polícia Civil se ele e outros suspeitos são os responsáveis por atear fogo na emissora de rádio da cidade. No momento da ação, ele teria fugido do local, com o corpo em chamas. À época, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso.

 

Conforme relatório da PM local, foram localizados uma pistola, com 19 munições e um carregador próximos à rádio. A corporação informou ainda que a arma é registrada em nome de Hélio Ribeiro. A polícia localizou também três tambores de 20 litros de gasolina dentro do veículo, sendo que um estava vazio.

 

De acordo com relatos de policiais militares, o carro de Hélio foi encontrado horas depois do incêndio, a caminho de uma fazenda. No veículo, havia dois homens, que prestaram depoimento e negaram participação no crime.

 

O proprietário da rádio, Saulo Póvoa, estima um prejuízo de mais de R$ 90 mil. No momento do crime, segundo a PM, um vizinho viu quando um homem ateava fogo no local. Ele relatou que as chamas atingiram parte do corpo, que saiu correndo para pedir ajuda.

 

Póvoa contou que foram danificados aparelhos de ar-condicionado, transmissores e outros equipamentos, além de parte da estrutura do prédio, que ficaram totalmente queimados. Saulo afirmou que a emissora foi incendiada um dia após anunciar que haveria debate entre os candidatos à prefeitura.

 

Segundo ele, a parte onde ficam os transmissores foi atingida, mas o estúdio não foi queimado. Por causa disso, o sinal da emissora foi interrompido. Apenas a transmissão pela internet está funcionando.

 

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) repudiou o ato e pediu, à época, apuração rigorosa. No entendimento da entidade, o caso foi uma tentativa de intimidar o trabalho da imprensa. A Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado do Tocantins (AERTO) disse que considera qualquer tipo de ataque contra veículos de comunicação inaceitável e pediu a punição dos responsáveis.

 

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