Durante vistoria realizada na última quinta-feira, 1º, no Hospital Geral de Palmas (HGP), representantes do Ministério Público Estadual (MPE) e da Defensoria Pública do Estado voltaram a constatar problemas do setor de ortopedia da unidade. Durante a visita, a promotora de Justiça Maria Rosely de Almeida Pery e o defensor público Arthur Luiz Pádua Marques constataram junto ao setor do Núcleo Interno de Regulação (NIR) que existem 132 pacientes internados na ortopedia, na sua grande maioria, aguardando cirurgia. Ainda conforme a relação apresentada pelo NIR, existe paciente desde janeiro deste ano aguardando procedimento de urgência/emergência.
A demanda da ortopedia já foi judicializada pelo MPE e pela DPE em 2015, alguns acordos já foram feitos na Ação e homologados pela Justiça, contudo, conforme o MPE, o problema persiste, tanto que foi designado nova audiência de conciliação que ocorrerá no dia 7 de junho, às 14 horas, na 2ª Vara da Fazenda Pública do Fórum de Palmas.
Segundo Maria Rosely, o agravante desta situação é o alto custo do Estado na área da Saúde sem conseguir atender os pacientes da urgência/emergência, fato que requer maior eficiência da gestão financeira e de pessoal por parte do Estado, “sobretudo, em razão da violação da dignidade humana, princípio constitucional que deve ser prioridade de qualquer governo pois, a demora no atendimento pode levar a sequela irreversíveis e óbitos desses pacientes”.
Após a vistoria, promotora e defensor estudam agora que providências devem ser tomadas para resolver os problemas da ortopedia no HGP.
Estado responde
Em nota enviada ao T1 Notícias neste sábado, o Governo do Estado informou que o Hospital Geral de Palmas (HGP) “é referência estadual para o atendimento de urgência, emergência e traumas, portanto recebe grande número de vítimas do trânsito, sendo que a maioria destes pacientes são motociclistas, considerados usuários vulneráveis do trânsito, que na maioria das vezes necessitam de cirurgia ortopédica de alta complexidade”.
Ainda conforme o Estado, “o HGP tem cumprido, por determinação da Secretaria de Estado da Saúde o trabalho de contra-referenciar pacientes de menor complexidade para unidades de menor porte. A fim de conscientizar a população, o Governo tem realizado campanhas de orientação para evitar corredores lotados, pois a prevenção reduzirá danos e sofrimentos aos pacientes, e custos para a saúde pública”.
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