MPE e DPE vistoriam Hospital Geral de Palmas e pedirão providências à Justiça

Conforme o MPE, no HGP faltam médicos em número suficiente, há ausência de alguns medicamentos, de materiais, de insumos e de lençóis e cobertores no Pronto-Socorro

Membros do MPE e DPE vistoriam HGP
Descrição: Membros do MPE e DPE vistoriam HGP Crédito: Foto: Ascom/MPE

Na tarde de ontem, 10, membros do Ministério Público Estadual (MPE) e da Defensoria Pública Estadual (DPE) realizaram uma nova vistoria no Hospital Geral de Palmas (HGP), visitando alas da unidade, colhendo depoimentos de pacientes e familiares e checando as condições de atendimento no local. A vistoria foi acompanhada por profissionais da gestão do hospital. Conforme o MPE, foi constatado “falta de médicos em número suficiente para dar segurança aos pacientes, além da ausência de alguns medicamentos, de materiais, de insumos e até de lençóis e cobertores para os pacientes do Pronto-Socorro”.

 

Ainda segundo o MPE, na Unidade de Tratamento Intensivo, foi relatado pelos profissionais de plantão que não há equipamentos de segurança na UTI. “Eles também apresentaram a relação de pacientes sem receber a medicação prescrita, que está em falta”. Regiane Alves do Nascimento, que acompanha a mãe Maria José da Cunha, internada há cerca de uma semana, contou aos representantes do MPE e DPE que não tem recebido informações sobre o quadro de saúde da mãe. “Era para ela ter feito um exame no domingo, mas não sei porque não foi realizado. Hoje ela está com pneumonia e respira com ajuda de aparelhos”, diz Regiane.

 

O MPE também apontou a falta de equipamento para realização de ressonância magnética e exemplificou com o caso de uma paciente que sofreu trombose neurológica pós-parto e aguarda na sala amarela para realizar o exame. “A falta de gestão de recursos humanos e de uma logística correspondente para atender as demandas hospitalares continuam sendo as principais causas da precariedade na atenção aos pacientes internados, agravado ao fato do HGP atender uma significativa parcela de pacientes que deveriam ser atendidos na Atenção Básica dos Municípios e na Atenção Especializada. Para tanto, é necessário que os Secretários de Saúde cumpram suas obrigações de organizar a Rede de Atenção à Saúde no Tocantins. Caso contrário, o cenário continuará o mesmo”, comentou a promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery.

 

Após a vistoria, o MPE e a DPE pedirão à Justiça Federal que sejam tomadas providências. Em nota enviada ao T1 Notícias, a Secretaria da Saúde informou que o equipamento de ressonância magnética está em manutenção corretiva periódica, “necessária à segurança dos resultados e deve retornar ao funcionamento normal ainda nesta quinta-feira, 11”. A Secretaria esclareceu ainda que mais oito médicos estão sendo contratados para atuarem na sala de emergência do HGP e afirma que não houve falta de lençóis para pacientes. A Sesau disse ainda que “não tem medido esforços para manter abastecidos de materiais e insumos todos os hospitais do Estado”.

 

(Atualizada às 10h18 - Com informações da Ascom/MPE)

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