O Ministério Público Estadual acompanhou os protestos de pacientes e acompanhantes no centro cirúrgico do Hospital Geral de Palmas (HGP), na manhã desta segunda-feira, 29, e após ouvir os manifestantes e servidores requisitou a instauração de um inquérito policial para apurar responsabilidades em eventuais crimes de omissão de socorro, maus tratos e desobediência (descumprimento de decisões judiciais) na maior unidade hospitalar pública do Tocantins.
Conforme o MPE, a 1ª Delegacia de Polícia de Palmas, atendendo a requisição ministerial, ainda nesta tarde, já começou a ouvir as demandas dos pacientes, acompanhantes e funcionários da unidade de saúde. Os anestesistas também foram ouvidos pelo delegado responsável.
“Depois de tudo o que foi visto e ouvido, não restou outra opção ao MPE senão requisitar a instauração de Inquérito Policial e dar o desdobramento criminal necessário àquela situação de abandono em que os pacientes se encontram”, afirmou o promotor de Justiça Rodrigo Barcellos.
Protestos
Pacientes e seus familiares bloquearam a entrada do centro cirúrgico do HGP em protesto contra a falta de atendimento emergencial, medicamentos e materiais. Eles ainda cobravam a retomada de cirurgias eletivas, algumas suspensas há mais de 90 dias. Os manifestantes gritaram palavras de ordem, bateram panelas e impediram que os médicos saíssem ou entrassem no centro cirúrgico. A Polícia Militar esteve no local tentando acalmar os ânimos dos manifestantes que exigiram as presenças de representantes dos órgãos competentes como Ministério Público Estadual (MPE) e a intervenção do Governo Federal.
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