Mulher que matou filho de 2 meses para evitar DNA será julgada em júri popular

Justiça determinou que Dayana Medanha, acusada de matar filho de dois meses de vida, para evitar DNA, será julgada pelo juri popular de Palmas.

Acusada vai ser julgada em juri popular
Descrição: Acusada vai ser julgada em juri popular Crédito: Sherlyton Ribeiro

Dayana Medanha Diniz, 25 anos, acusada de matar um filho com menos de dois meses de vida, em 2013, para evitar que ele fosse submetido ao teste de paternidade, a pedido do suposto pai, será julgada pelo júri popular de Palmas. A decisão é da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO), que julgou um recurso sobre o caso nesta terça-feira (16/06).

 

Conforme o voto do relator, o juiz Nelson Coelho Filho, convocado em substituição ao desembargador Moura Filho, em férias, a Defensoria Pública, que defende a mãe, tentou modificar a sentença (de pronúncia) que determinou, em julho do ano passado, que ela fosse levada a júri popular, pela prática dos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima). Para a defesa, não houve torpeza e tampouco o emprego de recurso que dificultou a defesa da criança.

 

A desembargadora Ângela Prudente, que presidiu a sessão, e o juiz Gilson Coelho Valadares, convocado para substituir o desembargador Marco Villas Boas, em férias, acompanharam o relator e mantiveram a decisão de 1ª Instância.

 

Segundo a denúncia o Ministério Público, Dayana, receosa de perder a ajuda financeira dada pelo pai de outro de seus sete filhos atribuiu ao mesmo pai a paternidade do bebê, de sexo masculino, que seria filha de outro homem. Diante do interesse do suposto pai em realizar o exame de DNA, a denunciada teria premeditado a morte do filho a fim de não se descobrisse a verdadeira paternidade da criança.

 

Dayana foi presa em flagrante em novembro de 2013 e recolhida preventivamente na Unidade Prisional Feminina de Palmas até julho de 2014, data em que a instrução do processo foi concluída e o juiz Gil Corrêa lhe concedeu liberdade provisória.

 

Ainda não há data prevista para a realização do júri popular.

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