Municípios do TO estão com umidade do ar entre 20 e 30%; Defesa Civil faz alerta

Formoso do Araguaia registrou 11% de umidade na última segunda, o que representa Estado de Emergência. Já nos dados coletados na terça, todos os municípios estão em Estado de Alerta, inclusive Palmas

Queimada atingiu a Serra de Lajeado
Descrição: Queimada atingiu a Serra de Lajeado Crédito: Frederick Borges

A intensificação do período de estiagem no Estado tem gerado alterações na umidade relativa do ar. Dados coletados pelo Centro de Monitoramento da Defesa Civil Estadual apontam que das 14 cidades monitoradas, o município de Formoso do Araguaia registrou 11% de umidade na última segunda-feira, 8, o que representa “Estado de Emergência”. Já nos dados coletados na terça-feira, 9, todos os municípios estão em “Estado de Alerta”, inclusive Palmas.

 

Estão em alerta os municípios de Palmas, Pedro Afonso, Gurupi, Formoso do Araguaia, Peixe, Paranã, Dianópolis e Mateiros, todos com umidade entre 20 e 30%. De acordo com o diretor executivo da Defesa Civil, o major bombeiro Diógenes Madeira, a população precisa estar atenta aos perigos causados pela intensa estiagem. “Os efeitos das queimadas não prejudicam apenas o meio ambiente. Toda essa fumaça produzida gera complicações respiratórias na saúde da população que já sente os efeitos da baixa umidade. Todos precisam colaborar, evitando a exposição prolongada ao sol e em hipótese alguma, realizar queimadas em áreas florestais ou urbanas”, afirmou.

 

Eduardo Lemos Silveira, médico otorrinolaringologista do Hospital Geral de Palmas, alerta a população sobre os principais cuidados que devem ser adotados nesta época. “Quando umidifica o ar, além de sentir mais alívio a umidade do ar precipita faz com que a química da fuligem que está no ar ela desça, ela ajuda nestes dois fatores. É necessário a higiene e a limpeza das casas, para quem tem alergia, irritação e problemas respiratórios, evitar cortinados, vassouras, espanadores e manter a casa fechada para evitar a entrada de poeira e fumaça, é aconselhável toalhas úmidas e vasilhas de água e os umidificadores comerciais”, esclarece.

 

Para combater focos de incêndios florestais no Estado, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) contratou 80 brigadistas para atuarem nos municípios que mais sofrem com o número de queimadas. O diretor de Instrumentos de Gestão Ambientais, Rubens Brito, informou que este ano o combate às queimadas, um ponto sensível que atinge diretamente o meio ambiente, possui um investimento de aproximadamente R$ 5,7 milhões para a contratação de brigadistas e a execução das ações relacionadas ao Projeto Cerrado-Jalapão. “O maior problema é que 90% do fogo é causado pela ação do homem. E este ano o clima está muito atípico o que favorece o aumento das queimadas, pois além de não ter chuva, a umidade baixa e a vegetação seca aumentam o risco do fogo", informou.

 

As equipes de brigadistas e guardas-parques dos Parques Estaduais do Cantão, Lajeado e Jalapão estão alertas sobre a baixa umidade do ar, tendo em vista o risco de incêndios florestais nestas unidades, que são de responsabilidade do Naturatins. Também estão alertas as equipes de fiscalização por causa da ação de pessoas que insistem em atear fogo em propriedades rurais, seja com objetivo do que é conhecido como “limpeza” de áreas, seja por motivações criminosas.

 

Nestes casos, os responsáveis podem ser multados e até mesmo conduzidos pela fiscalização, que atua juntamente com o Batalhão de Polícia Militar Ambiental, a uma Delegacia de Polícia, onde pode ser indiciada por crime ambiental. Segundo técnicos do Naturatins, a baixa umidade contribui para que as queimadas fiquem fora de controle, dificultando a ação dos Bombeiros Militares e brigadistas civis.

 

 

 

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