Nunca na história da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil (Seccional Tocantins), as mulheres tiveram tanto espaço na formação de uma chapa. Mais ainda: nunca estiveram em cargos relevantes como é na Chapa Advocacia Unida, OAB Respeitada. A paridade na Chapa 10 é total, ou seja, elas estão em 50% das vagas estabelecidas, em funções estratégicas de apresentação de projetos e ações para a valorização da advocacia e da instituição.
“Nessa chapa, a mulher advogada é respeitada e ouvida como elemento essencial no resgate e na reconstrução dos conceitos de Seccional. Aqui não somos apenas votos, somos voz, ação, ideias. Somos um conjunto”, assegurou Adriana Brandão, que é a vice-presidente e traz consigo 18 anos de experiência como municipalista.
Se há um grupo nestas eleições onde a palavra empoderamento feminino tem sentido, o grupo é este. E as funções são as mais diversas. Só na Diretoria são três advogadas. Além de Adriana Brandão, temos também Juciene Rêgo, como secretária-adjunta e Seilane Nolasco, como tesoureira.
Maysa Oliveira, 30 anos, é outro exemplo de mulher empoderada na formação da chapa. Ela é candidata como presidente da CAATO - Caixa de Assistência ao Advogado, uma das funções mais importantes relacionadas à Ordem.
“As mulheres que estão compondo a chapa, com o suporte de todo o grupo, são mulheres que se dispuseram a ajudar na reestruturação e resgate da instituição com propósito de unir a advocacia tocantinense e resgatar o respeito da Ordem, coisas tão importantes que em algum momento se perderam. Tenho plena convicção da competência dos componentes da Chapa 10. Somos um grupo qualificado e disposto a mudar a realidade da advocacia tocantinense”, assegurou Maysa.
A chapa Advocacia Unida, OAB Respeitada tem 73 vagas, das quais, 21 são ocupadas pelas advogadas. Só nos Conselhos Estadual e Federal são 17, mais quatro na diretoria e CAATO. “A participação da mulher não é em função da quota estabelecida pelo Conselho Federal, mas, e, principalmente, porque entendemos que a advogada precisa ser empoderada ao ocupar os espaços na Ordem. Com base nisso, temos três mulheres na diretoria e eu ocupo uma das três vagas como Conselheira Federal. Convidamos as demais a virem defender seus espaços dentro da OAB”, disse Ester Nogueira, advogada veterana, atuante em Palmas desde 1991.
Como se não bastassem os cargos, a representatividade delas no grupo vem de todas as partes do estado. São duas de Gurupi, uma na diretoria e outra no Conselho Estadual. Duas de Araguatins e Augustinópolis (Bico do Papagaio), no Conselho Estadual e duas de Araguaína, também no Conselho Estadual.
“Penso que não é só Palmas que tem que ter conselheiros. Aqui, fomos abandonados pela OAB. Não temos participação da Ordem em nada na nossa região, dificultando nosso trabalho. Vejo que o Juvenal Klayber se preocupa muito com o interior. O importante não é só ter mulher, mas sim ter mulher com voz e ação plenas”, frisou Avelina Barros, de Augustinópolis.
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