Na contramão da Amazônia, Tocantins reduz em 16% o desmatamento entre 2018 e 2019

Os dados são do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes) e do Sistema Integrado de Gestão Ambiental (SIGA).

Crédito: Divulgação

De acordo com dados do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), divulgados nesta segunda-feira, 18, o estado do Tocantins reduziu o desmatamento em 16%, entre 2018 e 2019. No mesmo período, os estados que compõem o território da Amazônia, juntos, tiveram um aumento de 29,5% em comparação com o ano anterior.

 

As estatísticas do Prodes apontam também a redução do desmatamento no período entre 2017 e 2019. No ano de 2017, a supressão da vegetação nativa para uso alternativo do solo, ou seja, para atividades relativas a agropecuária, por exemplo, foi de 3.100 hectares. No ano de 2018, foi de 2.500 hectares e em 2019, reduziu para 2.100 hectares.

 

A redução do desmatamento também foi constatada por meio de dados do Sistema Integrado de Gestão Ambiental (SIGA), Sistema do Naturatins, que indicou que no ano de 2017, o Instituto emitiu 954 Autorizações Para Exploração Florestal (AEF). No ano de 2018, foram 808, autorizações, e em 2019, o Sistema apontou a emissão de 170 licenças ambientais.

 

A diminuição das áreas autorizadas para desmatamento pode ser verificada por meio da emissão das Autorizações Para Exploração Florestal, quando menciona o total de área autorizada para desmatamento, pelo Naturatins. Em 2017, foram 171.812 hectares, em 2018, 112.111 hectares e em 2019, foi um total de 61.417 hectares.

 

O presidente do Naturatins, Sebastião Albuquerque disse que a redução das emissões das Autorizações Para Exploração Florestal (AEF), entre 2018 e 2019, faz parte de uma política de Governo, de mais rigor na análise dos processos. E assegurou, “antes da emissão da licença, os técnicos utilizam muitos critérios na análise. De maneira que o Governo do Estado do Tocantins cumpre com a legislação ambiental e os regimes da lei”, afirmou.

 

Outra medida relevante na análise dos processos que solicitam as Autorizações Para Exploração Florestal é uma rigorosa análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR). “O objetivo do Naturatins é combater o desmatamento ilegal. Temos que proteger a natureza, respeitar a riqueza dos nossos recursos hídricos, bem como a fauna e as nossas florestas”, destacou.

 

Durante as análises dos processos que solicitam as AEF, a equipe técnica do Naturatins, consulta rigorosamente o sistema federal e o estadual de monitoramento ambiental. Os procedimentos são fundamentais para autorizar qualquer tipo de desmatamento.

 

Desmatamento na Amazônia bate recorde e cresce 29,5% em 12 meses

 

Entre agosto de 2018 e julho de 2019 o Brasil bateu o recorde do desmatamento na Amazônia desta década. Segundo o sistema de monitoramento Prodes, que oferece o dado mais preciso, consolidado e com nível de confiança superior a 95%, foram destruídos 9762 km², um aumento de 29,5% em comparação com o ano anterior.Juntos, os estados de Pará, Rondônia, Mato Grosso e Amazonas foram responsáveis por 84% do total desmatado no período, cerca de 8.213 km².

 

O Pará foi o que mais contribui para o desmatamento, representando 39,56% do total devastado, uma área de mais de 3,8 km². Em seguida, está o Mato Grosso, com 1,6 km², o que representa 17,26% do total; e o Amazonas com 1,4 km², o equivalente a 14,56%.

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