Representantes de movimentos sociais participaram nesta quarta-feira, 12, da Barqueata da Cúpula dos Povos rumo à Baia do Guajará, em Belém (PA), onde ocorre a COP 30. Mais de 200 embarcações participaram do ato histórico pela Amazônia e justiça climática, que teve a presença de Guilherme Boulos, ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Durante o evento, Boulos foi firme em seu discurso. Criticou fortemente líderes negacionistas e afirmou que essa será a “COP da verdade,” a conferência que lutará contra as fake news (notícias falsas).
Numa semana que sera marcada por marchas e manifestações, a expectativa dos líderes dos movimentos sociais do Tocantins é de que a COP 30 seja uma alavanca de visibilidade para as causa do estado.
A representante tocantinense quilombola da Ilha de São Vicente do Tocantins, Letícia Queiroz, liderança da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq ), o principal problema é a demora na titulação dos territórios.
“O Tocantins tem mais de 50 comunidades quilombolas e só uma é titulada [...] Nossa luta é por saúde nas comunidades. Também para que os territórios sejam respeitados. Que não sejam invadidos, nem dados para mineração", afirmou Letícia.
Também do Tocantins, Jucilene Almeida, liderança da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaet), afirma que “a luta é uma questão de sobrevivência. Se a gente não planta a cidade não janta. 70% da comida natural no Brasil é de pequenos produtores e vamos lutar por mais recursos e menos destruição ambiental.”
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