Na luta por mais poder e força, mulheres se unem em conferência estadual

A primeira noite da Conferência Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres foi acentuada por grandes discursos de empoderamento, luta e força para as mais de 250 mulheres presentes

Conferência de Políticas Públicas para as Mulheres
Descrição: Conferência de Políticas Públicas para as Mulheres Crédito: Ascom

A primeira noite da Conferência Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres, promovida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cidadania e Justiça do Tocantins e sua Diretoria de Política para as Mulheres, foi acentuada por grandes discursos de empoderamento, luta e força para as mais de 250 mulheres presentes, entre autoridades, delegadas e ouvintes.

 

Mulheres autoridades nacionais, estaduais e locais, bem como representantes da sociedade civil, compuseram a mesa de abertura, mostrando a diversidade feminina da conferência, o que auxilia muito nesse rico espaço de debates e deliberações, onde “somente as mulheres podem falar sobre si mesmas”, como ressaltou a palestrante da noite, Silvia Cordeiro, secretária de Mulheres do Estado de Pernambuco.

 

A vice-governadora do Tocantins, Claudia Lelis, primeira mulher a alcançar o cargo no Estado, abriu o evento explicando sobre a importância de se ocupar os espaços na sociedade, enquanto mulheres de força e luta. “Esta conferência representa mais um passo na nossa luta. Nós somos mais da metade da população brasileira e temos uma imensa força que se torna maior quando juntas lutamos pelos mesmos objetivos, os nossos objetivos”, conclamou.

 

A secretária de Estado da Cidadania e Justiça, Gleidy Braga, também discursou em torno do poder feminino, da participação das mulheres cada vez mais presentes nos processos sociais e políticos, assim como a importância de lutar pelos seus direitos humanos, pelo combate à violência contra a mulher e o papel do Estado. “Divido com vocês a obrigação de se construir uma agenda preventiva e combativa, para incluir socialmente essas mulheres e pensar os seus direitos”, explicou ela a respeito da necessidade de fortalecer essas políticas.

 

Sociedade civil

A sociedade civil esteve bem representada na mesa com a presença da conselheira Nacional dos Direitos da Mulher pela Articulação Brasileira de Lésbicas, Karoline Soares Chaves, e a representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alessandra Lunas. Karoline deu força para que as mulheres prossigam na luta. “Quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede”, finalizou.

 

Segundo Rosa Scalabrim, coordenadora executiva da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), mais de 25 estados já promoveram suas conferências estaduais, contabilizando mais de dois mil municípios participantes e 300 mil na luta por mais direitos, participação e poder. “Tem sido um grande esforço permanecer viva a pauta das mulheres e estamos conseguindo”, destacou.

 

A conferência, que ainda está sendo realizada durante todo o dia de hoje, conta com a diversidade de movimentos feministas e de mulheres de todas as regiões para enriquecer os debates políticos e sociais, divididos em quatro eixos norteadores da discussão. O evento encerra-se à noite, com a votação das delegadas que farão parte da Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que acontecerá em maio, em Brasília (DF).

 

Eixos

Quatro eixos centrais de discussão compõem a Conferência Estadual: 1. Contribuição dos Conselhos dos Direitos da Mulher e dos movimentos feministas e de mulheres para a efetivação da igualdade de direitos e oportunidades para as mulheres em sua diversidade e especificidades: avanços e desafios; 2. Estruturas institucionais e políticas públicas desenvolvidas para mulheres no âmbito municipal, estadual e federal: avanços e desafios; 3. Sistema político com participação das mulheres e igualdade: recomendações; e 4. Sistema Nacional de Política para as Mulheres: subsídios e recomendações.

 

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