Nascentes no Ribeirão Taquaruçu são protegidas para evitar pisoteio de animais e fogo

A segunda fase do Projeto Olhos D’água protegerá 200 nascentes com cercas e plantio de espécies nativas; também farão um monitoramento e a manutenção das mudas

As nascentes serão protegidas com cercas
Descrição: As nascentes serão protegidas com cercas Crédito: Divulgação

A segunda fase do Projeto Olhos D’água acabou de entrar em vigor e visa a revitalização de 200 nascentes nas bacias hidrográficas do Ribeirão Taquaruçu, Rio Lontra, Rio Manuel Alves da Natividade e Rio Formoso. As nascentes das bacias hidrográficas do Ribeirão Taquruçu, em Palmas, e do rio Lontra, na região de Araguaína estão sendo protegidas por cercas e aceiros para evitar o pisoteio de animais e fogo e até julho, mais 100 nascentes estarão protegidas em Palmas, Araguaína, Araguanã, Xambioá e Carmolândia e passarão a ser monitoradas para o acompanhamento e manutenção das mudas.

 

Das 50 nascentes que serão revitalizadas em cada bacia, 31 já foram concluídas na bacia do Ribeirão Taquaruçu e 25 na bacia do Rio Lontra. As próximas bacias contempladas com a revitalização serão as dos rios Manuel Alves da Natividade, no sudeste do Estado e Formoso, no sul.

 

Essa segunda fase do projeto vai até o final do período sem chuvas, em outubro, e logo após recomeçará o plantio das mudas. A definição das nascentes a serem recuperadas se deu na primeira etapa do Projeto quando foi feito um amplo diagnóstico, usando geoprocessamento para a identificação e localização das nascentes.

 

“Percorremos a área das bacias hidrográficas e em algumas propriedades não conseguimos entrar, pois encontramos as porteiras fechadas com cadeado. Isso é uma pena, pois cada nascente revitalizada é um grande ganho para preservar as águas do cerrado”, relatou o técnico ambiental do projeto, Marcelo Haddad.

 

Entenda

 

O Projeto Olhos D’Água é uma parceria da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Tocantins (SEMARH-TO) e o Instituto Ecológica. Vai ter duração de 30 meses para a execução e conta com utilização de técnicas de recuperação florestal, cercamento, conservação de solo, controle de pragas, controle de fogo, entre outras.

 

A recuperação das nascentes beneficiará diretamente assentados da reforma agrária e agricultores familiares. Além do benefício ambiental, com a restauração do ecossistema e o sequestro de CO2, o projeto contribui com a geração de empregos e capacitação da mão-de-obra local, promoção de alternativas sustentáveis ao uso da terra e geração de renda para as famílias.

 

(Com informações de Zenilda do Carmo Drumond)

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