O Hospital Geral de Palmas (HGP) realizou, pela primeira vez, um procedimento utilizando um neuronavegador e um aspirador ultrassônico para a remoção de um tumor cerebral – o equipamento permite extrair a neoplasia com menor lesão e impacto nos vasos cerebrais. A cirurgia ocorreu na segunda-feira, 1º, em um paciente de 71 anos e foi conduzida pelo neurocirurgião com especialidade em neuro-oncologia do Hospital Sírio Libanês, Vinícius Bessa Rodrigues, junto com a equipe multiprofissional do HGP.
Os dois novos equipamentos foram locados no valor de R$ 576 mil e ficaram no HGP pelos próximos seis meses, para uso em cirurgias de alta complexidade. O neuronavegador é considerado um GPS, que auxilia o neurocirurgião como um guia, por meio de imagens, tornando a retirada dos tecidos lesionados mais precisa, sem prejudicar as áreas saudáveis.
O neurocirurgião, Vinícius Bessa Rodrigues, há quatro anos no HGP, explica que a ferramenta é no formato de uma caneta e na ponta emite uma onda ultrassônica para quebrar os tumores em micro fragmentos. “Em um tumor muito duro e que tem uma manipulação difícil à ferramenta permite que façamos os movimentos de forma mais delicada, preservando o cérebro que não está com a lesão do tumor. Outra vantagem é que o aparelho não lesiona os vasos cerebrais, não causando hemorragia”, informa Bessa. O aspirador ultrassônico pode ser utilizado também para retirada de tumores na coluna.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) os novos equipamentos ajudam também a reduzir o tempo das cirurgias em pelo menos três horas. Geralmente uma cirurgia para retirada de tumores demora em torno de oito horas, com o neuronavegador o tempo da cirurgia cai para cinco horas podendo chegar até quatro horas.
Comentários (0)