O que os auditores esperam do próximo presidente do Tribunal de Contas do Tocantins

Desejamos ao próximo presidente do Tribunal de Contas a sabedoria para conduzir a casa com a dignidade, honestidade e união, qualidades imprescindíveis para o bom exercício do cargo.

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Esta semana ocorre uma das eleições mais importantes do Estado do Tocantins, a escolha da mesa diretora do Tribunal de Contas. E o cargo mais disputado como
sempre é o de presidente.


Caberá ao presidente do Tribunal de Contas para o próximo biênio 2023/2024 o papel relevante de além de conduzir a casa, atuar de forma coadjuvante auxiliando,
orientando o Estado e os Municípios na boa e correta aplicação dos recursos públicos. Como diz o Conselheiro Severiano Costandrade, ex-presidente, muito mais importante do que punir é ensinar, é o que chamam de fiscalização pedagógica. É preciso estar do lado do prefeito, do deputado, do secretário, do vereador, e do governador, ensinando-o, incentivando-o, e se não adiantar, o jeito é punir.


Então é neste sentido que nós Auditores do Estado do Tocantins esperamos do próximo presidente do TCE-TO. Uma gestão cada vez mais próxima da comunidade,
agindo com cooperação com os demais órgãos públicos. Observe que a palavra usada foi “cooperação”, não entenda como subordinação, pelo contrário, os Auditores
querem e exigem mais autonomia para investigar e apurar os ilícitos administrativos contra a administração pública estadual e municipal, sem medo de desagradar alguma autoridade política ou judiciária.


Esperamos ainda do próximo presidente do Tribunal de Contas, a devida valorização a categoria dos Auditores, compreendendo que atividade investigativa é de atribuição exclusiva dos Auditores de Controle Externo e que ao Conselheiro cabe apenas o dever de julgar o investigado de acordo com a investigação realizada.


Esperamos ainda que o próximo presidente tenha a habilidade de conduzir um processo de discussão eficiente sobre a realidade financeira do Estado do Tocantins, em
especial a do Igeprev, Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins, a qual está à beira da falência e que precisa de ações urgentes para
resguardar os direitos dos servidores.


É bom ressaltar ainda que o próximo presidente do Tribunal de Contas deve reunir em si as principais qualidades de seus pares. Deve ter a calma e a paciência do
Conselheiro Manoel Pires; mas com austeridade e rigidez do Conselheiro Napoleão; dever ter o brilhantismo e intelectualidade do Conselheiro Severiano, mas com a
humildade e simplicidade do Conselheiro André; deve ter a tecnicidade dos Conselheiros Alberto Sevilha e da Doris Coutinho; mas com a sagacidade e habilidade
de articulação que o Conselheiro Wagner Praxedes tem.

 

Nós Auditores não podemos deixar de parabenizar o Conselheiro Napoleão, atual presidente, pelo esforço e boa vontade de fazer a melhor gestão de todos os tempos.
Sabemos que foram vários os desafios, entre eles, a pandemia do Coronavírus, que foi uma barreira para o desenvolvimento de grandes projetos no Tribunal, mas mesmo assim, conseguiu realizar um bom governo.


Por fim, desejamos ao próximo presidente do Tribunal de Contas a sabedoria para conduzir a casa com a dignidade, honestidade e união, qualidades imprescindíveis para o bom exercício do cargo.

 

O texto é de responsabilidade do Auditor de Contas, Helmar Tavares Mascarenhas Junior, presidente da Associação dos Auditores do Tribunal de Contas do Estado do
Tocantins, e membro da Comissão da Saúde do Tribunal de Contas.

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