Operação da Polícia Federal (PF), deflagrada na manhã desta terça-feira, 18, investiga a suposta participação de advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados em um suposto esquema de vazamento de decisões judiciais no Tocantins. Para tanto, a PF desde o início da manhã cumpre quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva. As ordens judiciais estão sendo cumpridas na sede do Ministério Público estadual (MPTO) e nos endereços dos investigados.
Além delas, foram expedidas medidas de afastamento das funções públicas, proibição de contato e saída do país, e recolhimento de passaportes. As ordens estão sendo cumpridas por determinação do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação desta terça-feira, 18, é um desdobramento da Operação Sisamnes, que investiga crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional, corrupção ativa e passiva.
Em nota atualizada, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) informa que todas as medidas necessárias para atender à determinação do Supremo Tribunal Federal foram adotadas. A instituição reforça seu compromisso com a legalidade e a transparência e seguirá acompanhando o desenrolar dos fatos, colaborando com as autoridades competentes. O órgão esclarece esclarece que o servidor citado nas investigações que resultaram na operação da Polícia Federal foi exonerado do cargo nesta terça-feira, 18. (Confira a íntegra da nota ao final da matéria)
Os alvos da PF, conforme divulgado na coluna Política & Acessórias, assinada pelo jornalista Luiz Armando Costa, seriam o procurador de Justiça, Ricardo Valente, e o advogado Thiago Barbosa, que é assessor no gabinete do procurador.
As suspeitas
A investigação sobre os supostos vazamentos começou em 2023, após a polícia identificar mensagens no celular de um advogado assassinado em Mato Grosso. Elas tratavam de uma suposta compra de sentenças. O caso foi remetido ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que acionou a Polícia Federal. Ao investigar, a PF identificou uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo STF.
Nota do MPTO
O Ministério Público do Tocantins (MPTO) informa que todas as medidas necessárias para atender à determinação do Supremo Tribunal Federal foram adotadas. A instituição reforça seu compromisso com a legalidade e a transparência e seguirá acompanhando o desenrolar dos fatos, colaborando com as autoridades competentes.
Além disso, o MPTO esclarece que o servidor citado nas investigações que resultaram na operação da Polícia Federal foi exonerado do cargo nesta data.
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