Edgar Júnior Pereira dos Santos, de 40 anos, morador de Gurupi, foi operado no mês passado no Hospital Geral de Palmas (HGP), após chegar a pesar 210 kg. Ele foi registrado como o paciente mais obeso já operado no hospital. Segundo o cirurgião José Augusto Campos, um dos responsáveis pela realização de cirurgias bariátricas no HGP, o procedimento é um tratamento de saúde e por isso é autorizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “A cirurgia bariátrica não tem fins estéticos, mas de melhorar a qualidade de vida das pessoas obesas, que são consideradas doentes, com qualidade de vida precária e muitas vezes acometidas de outros agravantes como diabetes, pressão alta e, em muitos casos, segundo pesquisas, com maior risco de morte”, destacou o médico.
Edgar agora passa pelo período pós-operatório e após a cirurgia já perdeu 17 kg. “Estou muito contente com o resultado que estou obtendo e acredito que minha vida vai mudar totalmente, ficarei livre das dores nas pernas e nos joelhos, dores que o excesso de peso me causava e se Deus quiser voltarei a trabalhar, o que a obesidade não me permitia”, disse o paciente.
Para realizar a cirurgia no HGP, o paciente deve ser regulado pelo município, passar por uma avaliação com diversos especialistas como: endocrinologista, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, anestesista e médico especialista. Após a avaliação e a realização de uma série de exames, o paciente, se apto, passa a fazer parte do programa e é acompanhado até o pós-operatório. Geralmente, os pacientes possuem Índice de Massa Corpórea entre 35 e 40.
Segundo informações do HGP, atualmente, no sistema do Hospital existem 35 pacientes prontos para a cirurgia e 142 em fase de acompanhamento para o pré-operatório. Os procedimentos cirúrgicos acontecem todas as quintas-feiras (uma cirurgia por semana), as consultas às terças e as reuniões em grupo são quinzenais.
Paula Carmo Silva, que chegou a pesar 193 kg, sabe bem do que Edgar está falando. Atualmente com 29 anos e depois te ter passado por cirurgia no HGP, ela pode contar outra história. “Eu só tive vida após a cirurgia. Passava a maior parte do tempo deitada, com muito cansaço, falta de ar, pressão sempre altíssima, pernas e pés inchados. Nunca tinha trabalhado e também não tinha noção de quanto era meu manequim, porque minhas roupas tinham que ser feitas sob encomenda. Fiz a cirurgia e me formei em Estética. Hoje, peso 96 kg, visto 46 e minha vida mudou totalmente. Uma das coisas que sempre tive vontade de fazer e não conseguia era caminhar e graças a Deus hoje faço sem problemas”, comemorou.
Acompanhamento
Segundo a enfermeira responsável pelo acompanhamento dos pacientes que realizam bariátricas no HGP, Helena Rodrigues, apesar de ser um procedimento cirúrgico, a bariátrica apresenta poucos riscos e o que mais conta é o comportamento do paciente após a cirurgia. “O acompanhamento é feito exatamente para que o paciente tenha o resultado que espera. A perda de peso e, consequentemente a melhoria da qualidade de vida, vem com a mudança de hábitos como ingestão de alimentos menos calóricos, não ingestão de bebidas alcoólicas e a prática de exercícios físicos regularmente”, explicou.
(Com informações da Ascom/HGP/Sesau)
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