A palmense Leda Galvão vai passar por mais um processo cirúrgico essa semana em São Paulo. Segundo ela informou ao T1 Notícias o cirurgião é um neuro oftalmologista californiano que é professor da Universidade de São Paulo (USP). “Foi difícil, demorou muito, mas consegui o tratamento completo que necessito”, disse Leda, ao lembrar que seu tratamento só foi garantido após decisão judicial.
Desde janeiro do ano passado, quando teve o segundo filho, Leda luta contra um tipo de lúpus, mas para descobrir a doença foi preciso que ela fosse ao Piauí, onde conseguiu o diagnóstico certo. No Tocantins foi mais de um ano tentando descobrir o que tinha, sem sucesso. Com sangramentos pelo nariz, ouvidos, útero e olhos, por causa deste último, Leda teve deslocamento da retina e perdeu grande parte da visão, cerca de 90%.
Sem a estrutura necessária para o tratamento da doença de Leda e muito menos a predisposição em garantir que o tratamento acontecesse em outro lugar, o Estado do Tocantins foi alvo de processo judicial com decisão favorável a Leda, mas mesmo assim ainda não quis cumprir alegando, segundo a paciente, crise financeira. “Daí foi feito um bloqueio do valor do tratamento inicial, para que o especialista veja se tem possibilidade de reverter minha visão”, informou Leda.
Em março ela passou por uma pequena cirurgia para que pudesse fazer um monitoramento da pressão intracraniana e agora deve passar pela segunda cirurgia que pode ajudar a pressão a se normalizar. “A primeira cirurgia melhorou algumas coisas, mas tive outra recaída e continuo com hipertensão intracraniana, mas, Deus é maior e vou ser operada de novo, agora em uma situação diferente, com todo o suporte que necessito”, destacou.
Leia mais:
Mulher que sangra pelos olhos e nariz aguarda ajuda do governo para tratamento
Em Goiânia, Leda luta para voltar a enxergar: demora no diagnóstico foi causa
Comentários (0)