Paciente reclama que está há 4 dias esperando retirada de feto no Dona Regina

Após procedimento fracassado para a retirada do feto, paciente continua no hospital correndo o risco de uma infecção grave.

Crédito: André Araújo/ Governo do Tocantins

A paciente Magda Teixeira Reis, 35 anos, manifestou uma denúncia ao T1 Notícias, na manhã desta sexta-feira, 6, relatando que ainda está com o feto morto dentro dela, desde o dia 3 de março, pois não teve atendimento adequado no Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), de Palmas, e continua na sala de ginecologia 205C, pedindo ajuda e correndo o risco de uma infecção grave.

 

Magda conta que no dia a dia, mandaram-na retornar para casa, pois não haviam leitos disponíveis no hospital. A paciente  informa que retornou no dia 4 de março, para fazer a curetagem e deram um medicamento por nome “Mizo”, para expelir o feto, mas não deu certo, segundo ela.

 

No dia 5, depois de ficar das 7h30 até as 21h para ser encaminhada ao centro cirúrgico, os médicos disseram que o colo do útero da paciente estava fechado e que não poderiam fazer a curetagem, alegando que o toque deveria ter sido feito antes.

 

SES responde

 

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que segue rigorosamente os protocolos do MS para os casos de retenção de óbito embrionário ou fetal.

 

O procedimento indicado para o caso é  a curetagem e, para que a mesma possa ser feita sem lesionar a paciente, é  necessário o amadurecimento do colo uterino para permitir a passagem do instrumental (cureta). Para este amadurecimento, é indicado o uso do medicamento misoprostol, que segue também protocolo de dose e prazo de administração da medicação.

 

No caso da paciente que relatou a situação, gestante de nove semanas, que deu entrada no Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR) na última quarta-feira, 04, para a realização deste procedimento, tudo foi realizado conforme este protocolo, porém, o prazo para a dilatação e amadurecimento do colo é variável de uma pessoa para outra e o colo da mesma demorou um pouco mais até  estar pronto sem oferecer riscos desnecessários. 

 

A paciente foi internada justamente para que fosse monitorada quanto à riscos de infecção e outros, sempre avaliando o risco e o benefício de cada indicação feita.

 

A curetagem foi realizada ainda na sexta-feira, 06, e a paciente no momento continua internada  e passa bem. O prazo transcorrido da entrada até  a realização do procedimento está dentro da normalidade para o caso. A paciente foi orientada sobre o que vinha sendo realizado.

 

O HMDR se solidariza e compreende a angustia da paciente e de seus familiares, bem como sua ansiedade em solucionar o mais rapidamente, ressalta porém que não é  possível agir mais rápido do que o organismo da paciente consiga responder sem ser imprudente.

 

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