A paciente Magda Teixeira Reis, 35 anos, manifestou uma denúncia ao T1 Notícias, na manhã desta sexta-feira, 6, relatando que ainda está com o feto morto dentro dela, desde o dia 3 de março, pois não teve atendimento adequado no Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), de Palmas, e continua na sala de ginecologia 205C, pedindo ajuda e correndo o risco de uma infecção grave.
Magda conta que no dia a dia, mandaram-na retornar para casa, pois não haviam leitos disponíveis no hospital. A paciente informa que retornou no dia 4 de março, para fazer a curetagem e deram um medicamento por nome “Mizo”, para expelir o feto, mas não deu certo, segundo ela.
No dia 5, depois de ficar das 7h30 até as 21h para ser encaminhada ao centro cirúrgico, os médicos disseram que o colo do útero da paciente estava fechado e que não poderiam fazer a curetagem, alegando que o toque deveria ter sido feito antes.
SES responde
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que segue rigorosamente os protocolos do MS para os casos de retenção de óbito embrionário ou fetal.
O procedimento indicado para o caso é a curetagem e, para que a mesma possa ser feita sem lesionar a paciente, é necessário o amadurecimento do colo uterino para permitir a passagem do instrumental (cureta). Para este amadurecimento, é indicado o uso do medicamento misoprostol, que segue também protocolo de dose e prazo de administração da medicação.
No caso da paciente que relatou a situação, gestante de nove semanas, que deu entrada no Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR) na última quarta-feira, 04, para a realização deste procedimento, tudo foi realizado conforme este protocolo, porém, o prazo para a dilatação e amadurecimento do colo é variável de uma pessoa para outra e o colo da mesma demorou um pouco mais até estar pronto sem oferecer riscos desnecessários.
A paciente foi internada justamente para que fosse monitorada quanto à riscos de infecção e outros, sempre avaliando o risco e o benefício de cada indicação feita.
A curetagem foi realizada ainda na sexta-feira, 06, e a paciente no momento continua internada e passa bem. O prazo transcorrido da entrada até a realização do procedimento está dentro da normalidade para o caso. A paciente foi orientada sobre o que vinha sendo realizado.
O HMDR se solidariza e compreende a angustia da paciente e de seus familiares, bem como sua ansiedade em solucionar o mais rapidamente, ressalta porém que não é possível agir mais rápido do que o organismo da paciente consiga responder sem ser imprudente.
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