Pacientes relatam falta de remédios oncológicos e reclamam de radioterapia no MA

De acordo com pacientes, tornou-se comum a indisponibilidade de medicamentos oncológicos e insumos essenciais ao tratamento da doença; a radioterapia está sendo realizado em Imperatriz (MA)

Paciente em reunião com o defensor público Arthur Luiz Pádua Marques
Descrição: Paciente em reunião com o defensor público Arthur Luiz Pádua Marques Crédito: Divulgação

Ainda faltam medicamentos para pacientes que estão em tratamento de oncologia nos hospitais do Tocantins. Conforme pacientes relataram à Defensoria Pública do Estado do Tocantins, ainda estão em falta os medicamentos Herceptin e Anastrazol e não há previsão de chegada. Tais medicamentos são essenciais para o tratamento dos pacientes, porém, não há como adquiri-los de forma particular, visto que a medicação tem custo de aproximadamente R$ 15 mil por dose e que cada paciente deve tomar 17 doses, sendo uma a cada 21 dias. Os pacientes relataram ainda que o tratamento de radioterapia não está sendo realizado no Tocantins, sendo encaminhados para realizar a radioterapia no Maranhão, na cidade de Imperatriz.

 

A informação foi confirmada pela Defensoria Pública, que atende pacientes que necessitam de tais medicamentos e procuram a Justiça para solucionar o caso. Em reunião com o defensor público Arthur Luiz Pádua Marques, na última sexta-feira, 9, os pacientes relataram as dificuldades enfrentadas para o tratamento oncológico no Estado.

 

Os depoimentos dos pacientes foram colhidos pela equipe do Núcleo Especializado de Defesa da Saúde para elaboração de relatório e providências jurídicas. Além disso, foi solicitado ainda ao Núcleo de Apoio Técnico em Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde, informações sobre quem é o ente responsável pelo fornecimento dos remédios, sobre as portarias regulamentadoras e políticas públicas e informações sobre a atenção integral aos pacientes oncológicos.

 

Entenda o caso

A falta de medicamentos oncológicos nos hospitais públicos do Estado é um problema antigo. Ainda no mês de setembro de 2016, a Defensoria Pública do Tocantins e o Ministério Público do Tocantins, em atuação conjunta, propuseram uma Ação Civil Pública em virtude da constante falta de medicamentos para tratamento oncológico. A Ação foi deferida no mês de outubro do ano passado e foi determinado o prazo de 15 dias para regularização.

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