O curso de Direito da Faculdade Católica Dom Orione de Araguaína/TO promoveu na noite desta quinta-feira, 22, o primeiro debate entre os candidatos a presente da Seccional da OAB-TO e também com os candidatos a presidente da subseção de Araguaína. O evento foi no auditório Remígio Corazza, na própria faculdade, fechado para estudantes, professores e convidados, mas os advogados de todo o Tocantins puderam acompanhar no facebook da OAB Proativa, no endereço @OABProativa20.
Um dos temas discutidos foi transparência. Célio Henrique Magalhães Rocha, presidente pela chapa OAB Proativa, mostrou os avanços que ocorreram na atual gestão. “Nós pegamos um portal que divulgava balancetes, recebemos um orçamento que pegava uma verba de rendimento anual, e isso nós estamos falando tanto de gestão, quando de transparência, essa verba anual era dividida em 12 meses. É um erro primário contábil, qualquer administrador sabe que não é assim que se trabalha com gestão. Então não sabíamos do fluxo de caixa, era realmente um caixa-preta. Então esse propósito de trazer transparência e abrir a OAB, eu lhe digo, já aconteceu. Hoje a OAB é uma instituição aberta e, se duvidar de mim, pegue seu smartphone, pegue seu notebook e acesse o Portal da Transparência e veja. Então a OAB hoje é uma instituição absolutamente transparente, absolutamente às claras, o acesso é pleno, é claro que nós não podemos imaginar que pararemos por aí, nós vamos avançar também nesse aspecto transparência. Acabou a era do amadorismo, acabou aquele tempo em que ninguém sabia o que se passava dentro da Ordem. Hoje a realidade já é outra.
Célio também aproveitou para mostrar que a maioria das propostas dos outros candidatos já é realidade na OAB-TO. “Quem viveu a realidade da OAB há três anos ou mais tempo que isso, sabe o quão transformador foi esse mandato, desse último triênio. E eu só queria finalizar dizendo ainda que não só essa proposta da transparência, mas assim como tantas outras que eu tenho visto falam de realizações que já foram cumpridas”, alertou.
Ainda no debate, Célio pôde responder questionamentos sobre os avanços da Escola Superior de Advocacia e as metas de ampliar os cursos de qualificação e oferecer um curso de mestrado voltado para a advocacia. Falou também sobre a importância dos professores advogados, sobre as ações da Caixa de Assistência dos Advogados e sobre a política de anuidades, que pela primeira vez teve redução no valor cobrado e uma política de descontos para a jovem advocacia, que será ampliada com a possibilidade de parcelamentos pagos com boleto.
Questionado pelo candidato governista sobre excessos da ação da OAB na defesa da sociedade, Célio explicou que a advocacia é a razão de ser principal da gestão que atuou intransigentemente na defesa das prerrogativas profissionais, mas lembrou também do dever constitucional da Ordem. “É importante que se tenha noção. A advocacia e a OAB devem à sociedade porque a sociedade lhes entregou esse poder na Constituição da República. A constituição da República previu que a OAB é guardiã do estado democrático de Direito, dos Direitos Humanos e não podemos fechar os olhos ainda a isso. O que mudou, Juvenal e Gedeon, é que antigamente tínhamos poucas pessoas trabalhando na nossa instituição. Quando você tem um número muito reduzido de pessoas com acesso à Ordem dos Advogados do Brasil talvez você tenha que fazer escolhas. No nosso caso, não. Nós abrimos a OAB. A OAB hoje tem 50 comissões pujantes, tem um conselho atuante, uma direção ativa e a partir disso nós não precisamos escolher só uma pauta. A advocacia tem necessidades que são prementes, que são rotineiras e lutar pela advocacia é um exercício que se renova diariamente, mas isso não prejudica que nós tenhamos que cumprir o nosso dever com a sociedade”, disse.
A participação das mulheres nas chapas também foi debatida. ”No nosso caso, as mulheres realmente escolhem. Eu disse isso outro dia e reafirmo: as mulheres escolhem onde querem ficar. Não há diferença na formação desse grupo, tudo é muito democrático. Eu não me coloquei como candidato. O grupo se reuniu e escolheu quem o representava. E nesse processo, as mulheres com poder decisório, escolheram seus espaços. E há um ineditismo nessa nossa chapa que talvez seja até um recorde nacional, que são duas mulheres efetivamente representadas no espaço de poder maior dentro da nossa política classista, que é o Conselho Federal. Hoje apenas um homem será titular no Conselho Federal, que é o nosso presidente Walter”, afirmou Célio.
Avaliação
Para o atual presidente da OAB-TO, Walter Ohofugi, o “debate demonstrou muito bem o que foi a gestão, as propostas dessa gestão e o que nós pretendemos fazer para continuar esse projeto, que eu sempre tenho falado, é um projeto de gestão, não um projeto de poder. Ficou bem claro o preparo do Bruno, a proposta que ele tem de não reeleição, de oxigenar a advocacia, e revolucionar a advocacia de Araguaína, que é o que está precisando e trabalhar junto com a seccional para que a gente acabe com esse modelo. O que aconteceu aqui em Araguaína ficou muito claro: a atual gestão trabalhou atrelada a gestão passada. E o Célio mostrou, claramente, que é o mais preparado sim, que é o que tem números contra as falácias, as leviandades e que tem as melhores propostas”.
“Tivemos nessa noite um debate muito profícuo e muito produtivo com a advocacia de Araguaína, transmitido para a advocacia de todo o Tocantins, foi o primeiro dos debates e estou ansioso pelos próximos e pela oportunidade de discutir os temas relevantes para a advocacia e para o futuro da OAB. Espero os meus adversários, segunda-feira, na Record e onde mais nos convidarem”, anunciou Célio.
O debate da Jovem Palmas/Record TV Tocantins, começa meio-dia. Será mediado pelo jornalista e apresentador Paulo Carneiro, com duração média de uma hora e terá a dinâmica de apresentação, pergunta, resposta, réplica e tréplica, além das considerações finais. A ordem de pronunciamento dos candidatos acontecerá por meio de sorteio. Haverá, também, um representante jurídico da Emissora, para avaliar possíveis direitos de resposta.
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