Levantamentos feitos pelo Portal T1 Notícias, tendo com base números divulgados pela Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP), apontam que pelo menos 32 pessoas foram assassinadas somente este ano em Gurupi. Os dados mostram que até julho a SSP contabilizou 26 homicídios.
As estatísticas não levam em conta os seis jovens executados na última semana de setembro na cidade. Os números referentes aos meses de agosto e setembro não foram disponibilizados porque as estatísticas são feitas quadrimestralmente. Uma força tarefa da SSP está na cidade para investigar as execuções.
O Centro de Diretos da Criança e do Adolescente do Tocantins (Cedeca-TO) divulgou nota na qual levanta suspeitas de que os crimes estejam sendo praticados por grupo de extermínio ligado à instituições oficiais.
Vale lembrar que a cidade não tem Conselho Municipal de Segurança constituído, órgão com função deliberativa e consultiva que tem a finalidade de assessor e propor políticas públicas voltadas à segurança pública no âmbito municipal.
Pareceria
De acordo com o corregedor geral do município, Luiz Cláudio Barbosa, embora o Conselho não esteja formalmente constituído, o município mantém um relacionamento estreito com as forças de segurança pública. “A segurança é responsabilidade do Estado, mas o município tem sido parceiro em ações deste setor”, informou o corregedor.
A respeito do número de homicídios na cidade, Luis Cláudio considera que pode estar ligado ao tráfico e ao consumo de drogas. “Não tenho parâmetros para afirmar com certeza isto. Quem tem melhores condições de responder são as autoridades de segurança pública, mas considero que esta é uma forte possibilidade”, afirmou o corregedor.
BR-153
De acordo com Luis Cláudio Barbosa, a localização da cidade ás margens de uma das mais importantes rodovias federais do Brasil - a BR-153 – também pode ser outro fator que contribui para a violência. “Todos os dias passam por aqui milhares de pessoas de diversas partes do Brasil. Isto pode ter alguma influência nas estatísticas de violência”, argumenta.
O corregedor afirmou também que no âmbito municipal, a Prefeitura pode desenvolver ações voltadas para a inclusão dos jovens e adolescentes, como a construção de centros de integração social. “Estas ações já vem sendo realizadas e podem ser ampliadas nas próximas administrações como forma de reduzirmos a criminalidade”, avaliou Luis Cláudio.
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