Pesquisas da Fieto mostram insatisfação com elevada carga tributária

Apesar da pequena queda de 0,5 ponto entre setembro e outubro (passou de 47,7 pontos para 47,2) o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) mostra que o segmento permanece pouco confiante

Crédito: Hiroshi

A Sondagem Industrial do 3º Trimestre de 2023, apurada em outubro, mostra que a Elevada Carga Tributária voltou à 1ª posição do ranking de principais obstáculos ao desenvolvimento da indústria, segundo apontamentos dos empresários participantes da pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO) com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A publicação foi disponibilizada no site da instituição, www.fieto.com.br (link Estudos e Pesquisas) nesta segunda-feira, 30/10.

 

"A Elevada Carga Tributária encarece o custo de produção e diminui a competitividade do setor. Aliado a isso, os empresários enfrentaram dificuldades na obtenção de crédito, o que pode ter também contribuído para redução da expectativa de investimento”, aponta a coordenadora da pesquisa na FIETO, Gleicilene Cruz.

 

A insatisfação mostrada na Sondagem por meio do indicador de Acesso ao Crédito pode ter relação com a alta na taxa de juros. O indicador relacionado ao crédito registrou tímidos 38 pontos, quando a linha divisória que mostra satisfação com este item é de, pelo menos, 50 pontos. O indicador de intenção de investimento sofreu uma queda de 5 pontos ao registrar 51 pontos no período pesquisado.

 

Ao avaliar a expectativa do empresário industrial, a pesquisa mostra queda em todos os indicadores, exceto sobre a quantidade exportada (60 pontos – 3 acima da pesquisa anterior). Contudo, os valores seguiram acima da linha divisória dos 50 pontos, o que indica que os empresários estão com expectativas otimistas quanto a demanda interna e externa (53 pontos), em relação ao número de empregados (53 pontos) e a compra de matéria-prima (56 pontos), mesmo que de forma menos intensa e disseminada que no mês de julho.

 

Confiança do empresário (ICEI)

 

Apesar da pequena queda de 0,5 ponto entre setembro e outubro (passou de 47,7 pontos para 47,2) o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) mostra que o segmento permanece pouco confiante em relação aos próximos seis meses. Apurado mensalmente, o ICEI do mês de outubro mostrou recuo na confiança do empresário tocantinense da indústria ao permanecer abaixo da linha divisória dos 50 pontos pelo segundo mês consecutivo. Em comparação com o mesmo período de 2022, houve queda significativa de 14 pontos.

 

Segundo a pesquisa, o que contribuiu para o baixo desempenho do ICEI foram as avaliações em relação as Expectativas, que caiu 1,4 pontos (passando de 52,0 em setembro para 50,6 em outubro). Mesmo com a queda, o indicador segue acima dos 50 pontos, o que indica que os empresários, de forma menos disseminada, permanecem com expectativas otimistas. O estudo destaca que entre setembro e outubro deste ano o indicador de Condições Atuais, um dos que compõem o ICEI, passou de 39 pontos para 40,3, registrando um aumento de 1,3 pontos. No entanto, permaneceu abaixo da linha divisória dos 50 pontos, indicando que na perspectiva dos empresários a situação atual, tanto da economia brasileira quanto de seus negócios, piorou em relação aos últimos seis meses.

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