PF cumpre mandados contra servidores suspeitos de desvio de R$ 74 milhões em Palmas

Mandados foram cumpridos em Palmas e em outros cinco estados e apura irregularidades no PreviPalmas.

Crédito: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, 24, a Operação Moiras, com o objetivo de esclarecer possíveis crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, gestão fraudulenta, peculato e lavagem de dinheiro possivelmente praticados em prejuízo do Instituto de Previdência Social do Município de Palmas (PREVIPALMAS).

 

Policiais federais cumprem 27 mandados de busca e apreensão nas cidades de Palmas/TO, Araguaína/TO, Paraíso do Tocantins/TO, Monte do Carmo/TO, São Paulo/SP, Piracicaba/SP, Rio de Janeiro/RJ, Petrópolis/RJ, João Pessoa/PB, Oiapoque/AP e Santo Antônio de Goiás/GO. Os mandados cumpridos foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Tocantins.

 

O Inquérito Policial apura, entre outros fatos, suspeitas de direcionamento e conluio entre empresários, servidores públicos e agentes políticos para que o Instituto de Previdência Social do Município de Palmas (PREVIPALMAS) aplicasse R$ 50.000.000,00 em fundos que não possuem liquidez (“fundos podres”), o que ocasionou um potencial prejuízo de R$ 74.433.036,70.

 

A investigação tem por objeto identificar todas as pessoas que participaram das supostas ações criminosas, colher elementos probatórios suficientes para a comprovação dos fatos e a recuperação dos recursos supostamente desviados.

 

Dessa forma, nesta etapa da investigação, a Polícia Federal também objetiva cumprir determinação da Justiça Federal consistente no sequestro de bens dos envolvidos, até o valor de R$ 74.433.036,70.

 

Caso sejam obtidas provas suficientes, os suspeitos poderão ser indiciados pela Polícia Federal e responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, gestão fraudulenta, peculato e lavagem de dinheiro. Além disso, acaso comprovados os fatos, o Poder Judiciário poderá decretar a perda de bens e valores suficientes para a reparação dos danos decorrentes das infrações penais.

 

MOIRAS, na mitologia grega, eram três irmãs que determinavam os destinos dos deuses e seres humanos. A escolhe do nome “Operação Moiras” remete às suspeitas de ingerência por parte dos envolvidos (empresários, agentes públicos e agentes políticos) sobre o futuro dos beneficiários do PREVIPALMAS, pois, há indícios de que teriam se apropriado de R$ 50.000.000,00 das reservas do órgão, colocando em risco a previdência social dos servidores públicos do município de Palmas.

 

Defesa de Amastha se manifesta e nega participação do político

 

A defesa do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, advogado Marlon Reis, divulgou vídeo e nota negando qualquer paritcipação do político com os atos ocorridos no Previpalmas. "Todos os documentos que foram juntados ao processo apenas comprovarão de maneira cristalina que Amastha não tem qualquer envolvimento com o fato. Importante destacar que o que houve hoje foi um ato absolutamente abusivo e injustificado aos olhos da Lei. Isso será plenamente provado ao longo das investigações", diz a nota.

 

 

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