PF cumpre mandados em Araguaína e outros estados em investigação de fraudes na saúde

Operações Omni e Difusão apuram superfaturamento, desvios e contratos irregulares que somam R$ 66 milhões no Piauí

Crédito: Divulgação/PF

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em Araguaína (TO) e em outros seis estados, além do Distrito Federal, nesta terça-feira, 30, em investigações sobre fraudes na saúde pública do Piauí. As operações Omni e Difusão miram supostos contratos irregulares, superfaturamento e desvios que somam cerca de R$ 66 milhões.

 

Ao todo, foram cumpridos 29 mandados em cidades como Teresina (PI), Timon (MA), Araguaína (TO), Brasília (DF), Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Curitiba (PR). Dois gestores de Organizações Sociais de Saúde (OSS) foram presos, enquanto dois servidores públicos foram afastados temporariamente. A investigação também envolve bloqueio de valores e busca de documentos em aparelhos eletrônicos, como celulares e notebooks, para apurar se há mais servidores envolvidos.

 

Segundo a PF, a Operação Omni concentra-se em fraudes na contratação da OSS responsável por hospitais estaduais, com foco no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba (PI). Entre as irregularidades investigadas estão superfaturamento, lavagem de dinheiro, favorecimento pessoal e uso de documentos falsos, incluindo contratos de fornecimento de software de gestão hospitalar.

 

A Operação Difusão apura supostas irregularidades na contratação de empresa para prestação de serviços de hemodiálise e diálise peritoneal à beira leito pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) e pela Fundação Municipal de Saúde de Teresina (FMS). A Justiça Federal determinou afastamento cautelar de um servidor da Sesapi e de uma servidora que atuava também na FMS, além da suspensão de contratos.

 

As ações contaram com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI).

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